Enviada em: 08/03/2018

A cultura do industrializado chegou as prateleiras do mercado alimentício brasileiro por meio do cinema norte-americano, principalmente, no período da Guerra Fria, significando dizer que são setenta anos de opções mais processadas e menos in natura. Com o avanço tecnológico e a globalização esse hábito ganhou muitos adeptos, mas, também, pesquisas sobre dietas e opções mais saudáveis alcançam um maior montante de pessoas todos os dias. Os detentores dessas informações tentam ganhar dos grandes empresários do alimento e da propaganda para que brasileiros se alimentem melhor.         A existência de uma pirâmide alimentar brasileira confirma a luta diária que os cientistas travam para que a alimentação seja a mais saudável possível, embora a maioria das pessoas tenham aderido outras cartilhas. Esses cardápios precários têm agravado problemas como obesidade de maneira geral e configurando os homens em idade adulta como o grupo que pior se alimenta, o que aumenta a probabilidade de outras enfermidades, segundo DATASUS. Logo, programas de televisão ajudam a esclarecer os benefícios de uma boa alimentação, como Bem estar da Rede Globo, pois possibilitam o retorno do alimento in natura na mesa dos brasileiros.       Outra maneira de convencimento sobre esse assunto pode ser feita pela compreensão de que cultura é uma vasta seleção de hábitos e comportamentos de um grupo social. Assim, é importante o respeito a diversidade brasileira, já que se trata de um país com dimensões continentais e os alimentos típicos de cada região devem ser valorizados com o objetivo de evitar um único modelo que é muito comum no meio industrial. Essa apropriação institucionalizada nas escolas públicas brasileiras, em forma de aulas de culinária e conhecimento de agricultura podem fornecer uma reestruturação alimentar e derrubar em definitivo os industrializados.        A mudança alimentar que se almeja no Brasil depende de políticas públicas que obriguem os responsáveis administrativos das escolas uma gestão que possibilite a construção de cozinhas em forma de sala de aula e a capacitação de professores que possam ensinar o futuro do país a preparar os alimentos, além de viabilizar a informação nutricional desses. Essas medidas devem ser institucionalizadas por meio de cartilhas produzidas em conjunto com os Ministérios da Saúde e Educação respeitando a diversidade e a cultura de cada região do país. Outra ação importante é que as denúncias, sobre rótulos que não descrevem de maneira correta os alimentos, devem ser acolhidas e averiguadas pelo PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) e com o objetivo de evitar fraude e prejuízo alimentar para a população.