Enviada em: 14/03/2018

É preciso mais tempo para comer melhor        Uma das características da "modernidade líquida" para o sociológo Zygmunt Bauman, é a grande velocidade com que os fatos e relações se processam. A correria do dia-a-dia, as altíssimas metas e principalmente o capitalismo interferem em vários aspectos da vida do brasileiro, inclusive em seus hábitos alimentares. Apesar de haver uma preocupação em praticar comportamentos alimentares adequados, ainda precisamos colocar a escolha de se alimentar saudável  como uma de nossas prioridades.       Muitos brasileiros têm ciência do aumento dos riscos de desenvolver doenças (sobretudo cardiovasculares) quando se alimentam de forma insalubre. Essa ciência, de certa forma, é consequencia da popularização do assunto devido a abordagem pelos programas. Outras iniciativas promotoras da alimentação saudável existem, como por exemplo, alguns estabelecimentos que vendem comidas já dispõem de cardápios balanceados, produzidos por profissionais devidamente habilitados.       Apesar desses avanços ainda nos deparamos com péssimos indicadores que comprovam que precisamos melhorar nossa rotina alimentar. Entre esses indicadores estão o aumento do sobrepeso em crianças de idade escolar, sendo este último, proporcional às taxas de sedentarismo nesta população. Tudo isso é reflexo do estilo de vida moderno, em que apesar de saber o que é saudável, dispende-se pouco tempo para a prática de exercícios e para o preparo da alimentação, dando preferência aos "fast foods".       Assim, com o objetivo de treinar as crianças a se alimentar melhor, o Ministérios da Educação poderia implantar nas escolas projetos que incluíssem atividades de plantio, cultivo e preparo de comidas. Também seria necessário o treinamento de professores para a abordagem do tema com as crianças e pais. Dessa forma, essas crianças cresceriam ensinadas sobre a importância da alimentação saudável e se habituariam a tirar mais tempo para comer melhor.