Enviada em: 14/03/2018

A má alimentação da população bem como suas consequência para a saúde se estabelecem como pertinente discussão na sociedade brasileira. O intenso processo de globalização que modifica constantemente a rotina e os hábitos tem como consequência a escassez de tempo, o que por sua vez se reflete nas escolhas alimentares. Na busca por opções de alimentação rápida entram em cena os alimentos ultra processados, ricos em sal e gordura e que se consumidos em excesso tendem a fazer mal à saúde. Alem disso, o elevado custo dos alimentos saudáveis amplia as barreiras na busca por uma alimentação balanceada. Entender a necessidade de vencer estas barreiras torna-se portanto primordial para a formação de uma cultura que vislumbre melhores perspectivas para o futuro.      A busca por melhores condições financeiras leva famílias a ter jornadas de trabalho pesadas e cansativas tornando a comodidade e facilidade de alimentos instantâneos e de fast foods mais importante do que sua composição, no entanto tais escolhas tendem a trazer malefícios à saúde tais como pressão alta e risco de infarto. Há ainda alimentos que são comercializados como saudáveis mas escondem elevadas taxas de açúcar aumentando de maneira involuntária o risco de diabetes e obesidade. Torna-se portanto evidente a importância de conhecer os alimentos. Voltar a atenção para rótulos e buscar orientação de profissionais da nutrição são um excelente primeiro passo para melhoria.      É importante salientar que no Brasil grande parte da população é de baixa renda e portanto enfrenta dificuldades de obter até mesmo a alimentação básica. Desta forma buscar uma alimentação mais saudável sobretudo nos grandes centro urbanos torna-se ainda mais distante da realidade do brasileiro. O importante sociólogo polonês Bauman foi feliz ao correlacionar a modernidade à liquidez, uma vez que a volatilidade de ambas faz com que suas gotas influenciem o conjunto que cercam. Entre os aspectos nos quais a globalização moderna respinga, estão a saúde e a alimentação da população, deixadas de lado em detrimento de gastos com corrupção em um sistema cada vez mais desigual.      Vê-se portanto a necessidade de buscar medidas capazes de facilitar melhorias nos hábitos alimentares da população. É papel do estado através da secretaria de saúde divulgar de forma ampla a composição dos alimentos a fim de orientar e esclarecer as pessoas sobre o que é consumido, além de fiscalizar e proibir a comercialização de alimentos nocivos à saúde. Cabe ainda ao Estado através do ministério da agricultura fomentar e valorizar o trabalho no campo, através de campanhas divulgação e incentivos financeiros capazes de baratear custos tanto na produção da alimentação básica quanto nos produtos orgânicos, democratizando o consumo e ampliando as opções da população. Com a efetiva prática dessas medidas será possível melhorar o comportamento alimentar do brasileiro.