Enviada em: 24/03/2018

Do pão e circo romano, aos brioches de Maria Antonieta, a alimentação sempre destacou-se na história humana. Com o passar do tempo, a industrialização facilitou o cotidiano e permitiu o progresso social. Contudo, a evolução tecnológica prejudicou aspectos da questão alimentar, seja pela ingestão exagerada de produtos processados, seja pela publicidade que amplia a desigualdade social. Com efeito, tais fatores precisam ser minimizados, a fim de que se combata tal problemática.      É indubitável que o ritmo moderno tem exigido praticidade, incentivando a alimentação inadequada. Segundo o jornal El País, há um excesso de consumo de "fast foods" no Brasil, refletindo em alto índice de sobrepeso na população atual. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman alertava sobre o perigo do imediatismo e do descuido com o futuro. Embora ofereça facilidade ao consumidor, o consumo frequente desses itens pode desencadear doenças cardiovasculares e até mesmo danos letais.    Ademais, a recente tendência "fitness" nas redes sociais pode prejudicar a adoção de hábitos saudáveis. Ocorre que influenciadores digitais divulgam marcas de produtos e suplementos cujos custos são inacessíveis à maioria da sociedade. Em contraposição, culinaristas como Jamie Oliver têm ressaltado a importância da ingestão de comidas sem aditivos químicos, devido a seus benefícios e sua aplicabilidade às diversas camadas sociais. Logo, não é razoável que a indústria cultural tente segregar os cidadãos em seus direitos básicos: alimentação e saúde.     Destarte, impende que os indivíduos e o Estado cooperem para mitigar os riscos advindos desse problema. A fim de criticar a padronização publicitária, a sociedade civil organizada deve repudiar o consumo alimentar pouco saudável, por meio de debates televisivos e publicações nas redes sociais. Da mesma forma, o Ministério da Saúde deve oferecer espaços em emissoras para orientações nutricionais práticas aplicáveis ao grande público. Aumentam, assim, as chances de se promover maior longevidade e respeito à saúde da nação.