Enviada em: 25/03/2018

Do pão e circo romano aos brioches de Maria Antonieta, a alimentação sempre teve destaque na história humana. Com o passar do tempo, a industrialização facilitou o cotidiano e permitiu o progresso social. Contudo, a evolução tecnológica prejudicou aspectos da questão alimentar, seja pela ingestão exagerada de produtos processados, seja pela publicidade que amplia a desigualdade social. Com efeito, tais fatores precisam ser minimizados, de modo que se combata tal problemática.      É indubitável que o ritmo moderno tem exigido praticidade, incentivando a alimentação inadequada. Segundo o jornal El País, há um consumo excessivo de "fast foods" no Brasil, refletindo um alto índice de sobrepeso na população atual. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman alertava sobre o perigo do imediatismo e do descuido com o futuro. Embora ofereça facilidade, o consumo frequente desses itens pode desencadear doenças cardiovasculares ou mesmo provocar danos letais.     Ademais, a tendência "fitness" nas redes sociais pode prejudicar a adoção de hábitos saudáveis. Ocorre que influenciadores digitais divulgam marcas de produtos cujos custos são inacessíveis à maioria da sociedade. Em contraposição, culinaristas como Jamie Oliver têm ressaltado a importância da ingestão de comidas sem aditivos, devido a seus benefícios e a sua aplicabilidade. Afinal, não é justo que a indústria cultural tente segregar os cidadãos em seus direitos básicos: alimentação e saúde.     Destarte, é preciso mitigar os malefícios alimentares da pós-modernidade. A fim de criticar a padronização publicitária, a sociedade civil organizada deve repudiar o consumo alimentar pouco saudável, por meio de debates televisivos e publicações nas redes sociais capazes de alertar sobre os riscos às saúde e de ensinar refeições naturais práticas para o cotidiano. Por sua vez, o Ministério da Saúde deve oferecer espaços em emissoras para que tais ações sejam executadas e alcancem o grande público. Aumentam, assim, as chances de se promover maior longevidade e respeito à saúde da nação.