Enviada em: 18/04/2018

Para o filósofo grego Platão,para ter a mente sã é preciso cuidar, a princípio, do corpo por meio da alimentação e exercícios físicos. Porém, no mundo hodierno, no qual o tempo engole o homem, esse cuidado é colocado em segundo plano gerando, então, inúmeros problemas alimentares, no qual a obesidade é apenas um de seus problemas.        A priori, é válido analisar o sucesso das refeições nada benéficas. A sociedade, acelerada e sintética, vítima da rapidez contemporânea, acaba por optar pela comida industrializada, como os fast-foods, que além de seu baixo valor nutricional, são ainda tóxicos à saúde. Como na modernidade líquida de Zygmunt Bauman, hoje, o prazer imediato e a ausência do cuidado com o futuro tem sido prioridade dos indivíduos, em que, a todo o tempo prefere o mais rápido- e, não raro, mais saboroso, deixando de lado as refeições que pode de fato alimentá-lo.        Sob outro ângulo, a população é, desde cedo, persuadida por consumir alimentos não saudáveis. A indústria alimentícia bombardeia os telespectadores com suas propagandas tentadoras, gerando na população- desde o idoso até a criança, a necessidade de consumir esses produtos que, em sua maioria, apresentam algum malefício para a saúde. Basta observar as crianças do primário para perceber que elas merendam apenas os alimentos que são mostrados na TV -como as bolachas recheadas, refrigerantes e salgadinhos, demonstrando então que a indústria do marketing induz a má alimentação.    Destarde, é mister que o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) fiscalize melhor as propagandas feitas nas emissoras de TV e com a proibição de anúncios abusivos e, primordialmente, daqueles que de alguma forma incentivam o consumo de alimentos maléficos a saúde, bem como a implantação de campanhas que motivem a sociedade a praticar exercícios físicos e adquirir uma alimentação balanceada, para que, no futuro, o Brasil seja um país com menor índice de obesidade e a filosofia de Platão ser consolidada.