Enviada em: 13/04/2018

É possível afirmar que a população obesa no Brasil vem aumentando de forma alarmante. Entre os fatores relacionados a esse fenômeno, destacam-se: a obesidade infantil e as doenças relacionadas ao excesso de peso. Nesse sentido convém analisarmos as principais consequências desse fenômeno para a sociedade brasileira.        Relativo à obesidade infantil entre outros fatores, destacam-se: o frequente consumo de alimentos industrializados, ricos em açucares e gorduras e com baixo valor nutricional, a situação é ainda mais preocupante pelo crescente número de crianças menores de dois anos que já se alimentam de bolos, refrigerantes e doces. Outro fator que corrobora para o aumento de peso das crianças é o sedentarismo, e o principal vilão tem sido os aparelhos celulares. As crianças passam o dia inteiro sentadas utilizando o celular e quase não praticam esportes, também não participam de brincadeiras de correr e jogar bola. Eram essas as brincadeiras que ajudavam no gasto de energia antes das atuais tecnologias. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, a incidência de obesidade infantil no Brasil vai quadruplicar, chegando a 11,3 milhões de crianças com excesso de peso. É inadmissível que um país que tem potencial para ser o maior produtor de alimentos do mundo exerça tamanha negligência em relação à saúde de seus infantes.        Além disso, algumas doenças, que atingem todas as faixas etárias, estão relacionadas ao ganho excessivo de peso, tais como: a hipertensão ou pressão arterial elevada que é 2,5 vezes mais frequente em indivíduos obesos, a diabetes do tipo II que é o aumento da glicose no sangue e que está surgindo cada vez mais cedo na população brasileira e o colesterol alto que pode ocasionar o entupimento das veias causando derrames e infartos do coração. Parafraseando o filósofo Hipócrates: "Que a comida seja teu alimento e o alimento tua medicina". Isso nos permite refletir o quanto o alimento saudável é importante para a saúde de uma nação.        O governo, portanto, deve através do Ministério da Saúde, veicular propagandas televisivas que conscientizem a população sobre os riscos e consequências da má alimentação. Deve ainda, criar políticas de combate à obesidade, formando grupos de atendimento que forneçam apoio psicológico, acompanhamento nutricional e atividades físicas monitoradas por profissionais de Educação Física para as pessoas consideradas acima do peso. Deve o Ministério da Educação, promover palestras aos pais e alunos que incentivem o consumo de alimentos saudáveis e restringir a venda de refrigerantes, doces e alimentos gordurosos nas cantinas das escolas, no sentido de diminuir essa terrível estatística decorrente da má alimentação dos brasileiros.