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Enviada em: 27/07/2019

Segundo Hipócrates, o "pai da medicina", o alimento do homem deve ser o seu remédio cotidiano.Nesse sentido, embora a população tenha em suas refeições alimentos úteis à sua saúde, o processamento industrial de produtos alimentícios está se tornando cada vez mais presente na vida do brasileiro.Se por um lado essas iguarias têm suas benesses, por outro, as desvantagens são demasiado preocupantes para a sociedade.     Antes de tudo, é importante salientar que os alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por vários procedimentos laboritariais, os quais se resumem na adição de demasiados nutrientes, por exemplo, carboidratos, sais, lípidos etc., num produto específico.Desde a década de 50, o desenvolvimento tecnológico na área alimentícia proporcionou inúmeros benefícios às pessoas, sendo os principais a facilidade no preparo de alimentos, a lasanha de micro-ondas, e o barateamento destes com o passar do tempo, o qual contribuiu de certa forma com a redução da fome mundial.Tais fatos demonstram como a modernização de um setor pode ser frutífera para a humanidade.    Todavia, a tecnologia dessa área e a mentalidade moderna pós-anos 70 favoreceram, segundo o Ipea, o aumento dos gastos nos cofres públicos brasileiros ligados à saúde.A difusão de aspectos socioculturais de países desenvolvidos por meio da globalização contribuiu para o empobrecimento nutricional das refeições de nações subdesenvolvidas, principalmente o Brasil.Um desses elementos é o fast-food, que, guiado pela máxima "tempo é dinheiro", possibilitou que diversas pessoas trabalhassem e comessem ao mesmo tempo, desprezando a qualidade nutricional do alimento.O resultado disso foi o aumento de diversas enfermidades cardiovasculares e respiratórias e de altas despesas públicas com remédios.Se esse panorama alimentar não for mudado, a situação apenas piorará.    Em suma, considerando os aspectos mencionados, fica notória a necessidade de medidas para reverter a situação vigente.O Estado e as instituições relacionadas a ele devem intensificar políticas de fiscalização nutricional para evitar o aumento de doenças e criar campanhas socioeducativas sobre a alimentação como hábito saudável.Para isso, deve-se aumentar temporariamente a carga tributária dos mais ricos a fim de gerar recursos monetários para gerir tais ações públicas como ocorre na Suécia.Com isso, muitas doenças diminuirão e a população tornar-se-á mais conscientizada sobre o risco da ingestão alimentar descuidada.