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Enviada em: 02/08/2019

A partir da Revolução Industrial, no século XVIII, a humanidade adotou um novo estilo de vida. Tais mudanças manifestaram-se nas relações de trabalho, nas formas de moradia e, sobretudo, na escolha das refeições. Os alimentos ultraprocessados, produto do estilo de vida do homem moderno, são considerados pela comunidade científica prejudicial à saúde humana. Apesar disso, é comum o consumo desses alimentos pela população brasileira nos dias atuais, seja pelo modo de vida acelerado, seja pela constante estimulação das campanhas publicitária, a qual os indivíduos são expostos.       Convém lembrar que as condições de trabalho e o precário sistema de transporte nos maiores centros urbanos do Brasil têm implicações no cotidiano dos indivíduos. Em outras palavras, quanto maior for a carga de trabalho e o tempo gasto no transporte, menos tempo disponível para outras atividades existirá. Por essa óptica, observa-se que os indivíduos possuem cada vez menos tempo para o cuidado de si, o que inclui por sua vez, o preparo de suas próprias refeições. Assim sendo, o consumo de alimentos ultraprocessados torna-se uma opção viável, pois além de possuíram alto prazo de validade, também são fáceis de manusear, isto é, o modo de preparo é mais simples, apesar de contarem com menos nutrientes quando comparados com alimentos in natura.         Além disso, deve-se destacar a expressiva publicidade que as indústrias elaboram a fim de convencer o consumidor. Não raro, encontram-se anúncios que apelam para as sensações visuais, que apesar de se utilizarem de imagens meramente ilustrativa provocam reações fisiológica e induzem o consumidor. De outra forma, observa-se por parte dessas publicidades, o encorajamento à compra justificado pelo consumo imediato. Exemplo desse poderio está nos aplicativos "Ifood" e "UberEats". Trata-se de aplicativos que prometem auxiliar o cliente a encontrar refeições prontas com entregas rápidas, cuja maioria das lojas credenciadas oferecem produtos ultraprocessados.              Portanto, urge que o Estado por meio de envio de recursos ao Ministério da Saúde promova campanhas publicitárias nos principais meios de comunicação para conscientizar a população sobre os riscos do consumo desses produtos e estimule uma alimentação mais natural, a fim de promover o debate e; à reflexão do padrão alimentar da sociedade brasileira. Além disso, compete ao Estado em parceria com o Ministério do Trabalho flexibilizar, através de leis e decretos, a carga horária e o transporte da população trabalhadora. Assim sendo, o tempo do deslocamento ao ambiente de trabalho poderá ser abatido na própria jornada de trabalho, o que irá resultar em melhor disponibilidade de tempo para refeições mais saudáveis.