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Enviada em: 07/08/2019

Opressão, esmagadora da boa alimentação. É indiscutível que, a forma como nos alimentamos mudou muito mais na ultima década, do que no ultimo milênio. No entanto, as empresas de marketing continuam vendendo a imagem de alimentos agrários, quando, na verdade, a grande maioria dos produtos vêm de grandes industrias. Concomitantemente, oferecem produtos de rápido preparo e fácil armazenamento, o que atinge pontualmente um povo que corre contra o tempo em uma sociedade sistematicamente esmagadora. Segundo dados do Ministério da Saúde, a população de obesos cresceu 60% de 2006 a 2016, assim como as doenças crônicas associadas ao sobrepeso, como diabetes, hipertensão e dislipidemia. Tais dados são muito preocupantes e acendem discussões a respeito do que a população brasileira consome no dia-a-dia. É evidente que, ao entrar no supermercado o indivíduo é induzido ao consumo de industrializados e ultraprocessados, seja pelos preços majoritariamente mais acessíveis ou pela rapidez de preparo. Além de sempre estarem vinculados à imagens de campo e atividades saudáveis, sugerindo ao consumidor a qualidade nutricional daquele determinado produto. De fato, a opressão da sociedade sobre o indivíduo, o qual precisa estar sempre ativo e disponível para permanecer no mercado de trabalho, acentua os maus hábitos alimentares. Pois, tendo em vista que esse indivíduo não pode "perder tempo" se preocupando com alimentação, ele recorre à facilidade dos produtos ultraprocessados, como os famosos fast food's, abdicando de práticas saudáveis de consumo alimentício. Tais atitudes preocupam nutricionistas de todo país, uma vez que, produtos  muito industrializados possuem baixíssimos índices nutricionais e são ricos em conservantes e gorduras, o que a médio e longo prazo podem acarretar problemas irreversíveis ao corpo, como mau funcionamento de rins e fígado, além dos já mencionados diabetes e dislipidemia.  Dessa forma, é de suma importância a conscientização da população sobre os desfechos que a má alimentação podem ocasionar. Através de palestras abertas à comunidade, ministradas periodicamente por médicos e nutricionistas, em escolas e universidades de todo o país. Além da criação de leis rigorosas, tanto quando à disposição das informações nutricionais de produtos, como aos meios de propaganda dos mesmos. Para que assim, a sociedades tenha o pleno conhecimento do que está consumindo e que malefícios tal produto pode trazer para seu organismo, e com isso fazer escolhas alimentares mais saudáveis.