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Enviada em: 24/08/2019

A Revolução Industrial, iniciada durante o século XVIII, não só proporcionou a grande produção de produtos em um curto espaço de tempo mas também utilizou a marketing para atrair os consumidores. Por outro lado, o modo de produção dos alimentos nas indústrias, utilizando substâncias prejudiciais, provocou fortes impactos na saúde humana e alterações nos padrões alimentares tanto no Brasil como no mundo. Indubitavelmente, essa negligência está intrinsecamente ligada às irregularidades na  produção dos alimentos e a falta de fiscalização e limitação nas indústrias alimentícias.                Primeiramente, o Brasil é conhecido como ''Celeiro do Mundo'', devido à sua alta produção de produtos alimentícios advindos do agronegócio. No entanto, as etapas de ultraprocessamento nas indústrias, aplicando, exacerbadamente, substâncias maléficas à saúde como os conservantes, insumos agrícolas e o sobrepunjamento de nutrientes podem ocasionar doenças crônicas aos consumidores desses produtos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o número de crianças e adolescentes obesos aumentou dez vezes em 40 anos, devido ao consumo descontrolado de alimentos industrializados que são ofensivos a saúde.                 Ademais, é notório que as indústrias alimentícias brasileiras, não possuem fiscalização eficaz que limitasse a quantidade de algumas substâncias químicas durante as etapas de produção. Dessa forma, consequentemente, as pessoas, guiadas por uma cultura consumista, podem ser afetadas por doenças originadas do consumo de alimentos que possuem excesso de certas substâncias, isto é compostos orgânicos e inorgânicos. De acordo com a revista Veja, 40% da população brasileira adulta tem colesterol alto, sendo que um dos principais causadores dessa doença é o consumo exagerado de lipídeos, presentes, fortemente, em alimentos ultraprocessados. Assim, torna-se mister a intervenção do Estado nos padrões alimentares do Brasil.                 Portanto, é inegável que a população brasileira, guiada pelo consumo imoderado de alimentos industrializados, está sendo prejudicada intensamente, devido a imprudência das indústrias e a falta de supervisionamento nas produções. Logo, o Ministério da Saúde, em parceria com Conselho Federal de Nutricionistas, podem adotar políticas eficazes que fiscalizem as etapas de produção dos alimentos nas indústrias, além de limitar as quantidades de substâncias, e conscientizar a população por meio campanhas socioeducativas que orientem a sociedade à uma alimentação saudável. Possivelmente, dessa forma, a população brasileira alcançaria uma vida melhor e com maior longevidade.