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Enviada em: 02/09/2019

O cigarro, no século passado, era amplamente divulgado nas propagandas de TV como sendo um item que não apresentava risco à saúde humana, o resultado disso, foram os altos índices de mortes em decorrência do uso excessivo de cigarros, que posteriormente reduziram, depois de medidas de regulamentação do Governo - dados do Ministério da Saúde - que mostravam o mal que fumar causava. Nesse contexto, o Brasil enfrenta no século atual um novo inimigo da saúde pública: os alimentos ultraprocessados, e seus impactos no padrão alimentar brasileiro são o aumento da obesidade e o vício nesse tipo de alimento.   Sob o primeiro viés, ultraprocessados são extremamente prejudiciais à saúde por serem causadores de doenças como diabetes, obesidade e hipertensão entre outros, como apontam estudos divulgados no jornal Folha de São Paulo, que relacionam diretamente o aumento da obesidade no Brasil com o alto consumo desses compostos. O embargo desse tipo de alimento é que os rótulos não  possuem nenhuma informação sobre os problemas que o consumo exacerbado pode causar - aos moldes do cigarro no século passado - com isso, a população não tem ciência do que come.   Além disso, os ultraprocessados - como Fast Food e refrigerantes - podem viciar e apresentar sintomas muito próximos da dependência química sobretudo em crianças, é o que aponta o documentário "Muito além do peso", que mostra o dia a dia de crianças que se quer conhecem frutas e se recusam a consumir alimentos naturais de forma irracional da mesma forma que viciados em cigarro, por exemplo. Isso se mostra um problema, pois se os pais dessas crianças fossem devidamente informados sobre os reais perigos desse tipo de composto, eles dificilmente ofereceriam aos  próprios filhos, falta uma maior transparência nos rótulos desses produtos.  Fica claro, portanto, que são necessárias mudanças na regulamentação de produtos ultraprocessados. Para tal feito, é necessário que o Governo Federal combata o uso indiscriminado desses alimentos por meio da criação de um novo padrão de embalagens para os produtos comercializados e a proibição de propagandas estimulando o consumo, com o intuito de tornar mais transparente o que está contido dentro e evitar que as pessoas sejam excitadas por propagandas. Esses novos recipientes poderiam trazer fotos de pessoas obesas e complicações relacionadas ao uso indiscriminado como acontece, por exemplo, nas embalagens de cigarro comercializadas no país, com isso, a médio prazo o consumo desenfreado de ultraprocessados deve diminuir e a longo prazo a obesidade causada por esses agentes seja extinta do Brasil. Tomadas essas medidas, os problemas citados podem ser solucionados.