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Enviada em: 14/06/2018

Na música "Garota Estúpida", em tradução literal, a cantora P!nk faz uma crítica social com o seguinte trecho, "O que aconteceu com sonho da menina que queria ser presidente? Ela está dançando no clipe do 50cent (um rapper americano)". Desse modo, entende-se o rumo social dado as mulheres, principalmente na atualidade, as quais são objetificadas em meios midiáticos e, consequentemente, acabam sendo assediadas por terem seus corpos comercializados. Nesse sentido, é importante a inclusão da educação de gênero nas escolas para obtenção de respeito entre todos os cidadãos e, também, a criação de leis que proíbam a utilização imagens femininas sexualizadas.            Em primeiro plano, no Brasil, as cervejarias são os principais alvos da discussão da temática. À vista disso, em 2015\2016 as reclamações na internet eram constantes por conta das propagandas da franquia Bhrama, que mostrava em seus comerciais uma mulher semi-nua chamada Verão, que servia cerveja para os homens, com o bordão "O verão é nosso". Dessa maneira, há um entendimento de que as mulheres estão a disponibilidade do sexo masculino, o que já acontece na realidade, porém mais reforçado sexualmente, contribuindo e normatizando ainda mais para comportamentos abusivos. Imediatamente, isso não influencia apenas como os homens vêem as mulheres, mas como as próprias mulheres se enxergam de forma pejorativa perante a sociedade, como o que sugere a música da P!nk.               Ademais, de acordo a teoria "Fato Social" do sociólogo Durkheim, as pessoas tendem a adquirir hábitos por vivência em grupo, ou seja, tudo que rodeia um indivíduo no mundo influência de como ele será. Desse forma, desde muito cedo meninos aprendem a objetificar mulheres por conta do acesso à propagandas como a da Bhrama e outros diversos conteúdos que consentem em inferiorizar mulheres a meros objetos a serem mercantilizados. Logo, cria-se um efeito dominó, o qual começa com a venda da imagem de uma mulher e, assim, os abusos aparecem e depois a violência, pois as mulheres não são vistas como seres emancipados, mas como mercadorias que estão ali para satisfazer vontades de terceiros, assim como qualquer outro produto comprado em um mercado.                   Entende-se, portanto, que cabe ao Poder Legislativo, por meio de uma lei que proíba a comercialização e a sexualização do corpo da mulher em propagandas, junto ao Judiciário, que deve multar e condenar empresas que vão contra essa lei, evitar um problema que poderá desencadear outros e, assim, beneficiar não só as mulheres, mas também os homens do corpo social. Além disso, cabe ao Ministério da Educação, por intermédio da inclusão das aulas de gênero no cronograma, garantir um futuro mais justo e sem violência para mulheres através do debate, como também para outras minorias, explicando a necessidade do respeito a todo cidadão independente do seu gênero.