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Enviada em: 14/06/2018

No século XX, a segunda onda feminista se preocupava com a utilização da  mulher em propagandas para eletrodomésticos, de forma a limitar sua  visão como  uma simples dona de casa. Atualmente, propagandas mostram a imagem da mulher como objeto sexual que está a disposição do prazer masculino, contudo, poucas objeções são levantadas. Apesar de a principal causa dessa problemática ser o machismo ainda intrínseco à sociedade brasileira, vê-se também que o Estado trata o assunto como secundário, sendo permissivo a tais atitudes.       É notório que a estrutura familiar brasileira continua sendo baseada no machismo, uma vez que criam as meninas para importarem-se com a opinião masculina sobre ser atraente. Quando mulheres, impulsionadas por essa necessidade de aceitação, se sujeitam a serem objetificadas sexualmente em propagandas, pois, aquele ato fará sentirem-se sensuais e aceitas.       Outrossim, a permissividade do Estado se faz se faz presente à medida que estes atos são cometidos deliberadamente e não são punidos. Como dizia Maquiavel, os fins justificam os meios, sendo assim, observa-se que essa permissividade é devido às parcerias público-privadas lucrativas que o Estado mantém, em detrimento de priorizar os problemas sociais causados por essas propagandas, como estupros, assédios e baixa auto estima.       Urge, portanto, a necessidade do tratamento da mulher como indivíduo e de priorizar a atuação governamental contra essas atitudes empresariais. É imprescindível que a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, em parceria com agentes midiáticos, faça uma desconstrução de valores machistas através de propagandas televisivas e campanhas nas mídias sociais, para que as mulheres possam viver em função de agradar somente a si próprias, e que o Sistema Judiciário aplique multas severas a quem praticar tal ato, a fim de que a mulher possa exercer seus diretos como ser humano.