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Enviada em: 06/07/2018

A convenção Americana de Direitos Humanos, em 1969, reconheceu que toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade. Em oposição a tal preceito, vê-se o surgimento da problemática sobre a objetificação da mulher na publicidade. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como os problemas culturais brasileiros e o papel da comunicação de massa.   Em primeira análise, cabe pontuar que ainda perpetua na cultura brasileira, infelizmente, o sistema patriarcal, que foi vigente na época do período colonial e, com isso, a mulher se transforma em um mero objeto de satisfações para o homem. Por esse ângulo, com o advento da publicidade moderna - TV, internet, rádio e etc -, houve apenas a materialização de uma cultura que outrora já existia, ou seja, os comunicadores apenas reproduzem o que já existe na sociedade. Tal conjuntura, é ainda intensificada pela fraca fiscalização desse tipo de conteúdo por meios de comunicação. Dessa forma, nota-se que um dos caminhos para minorar esse impasse é instruir a população sobre os valores das mulheres.   Ademais, convém frisar que os meios de comunicação de massa não dão importância sobre o conteúdo ético e moral de suas propagandas. Isso se deve ao fato de que eles apenas estão interessados no capital e a conversão de novos clientes para usufruir de seus produtos. Bom exemplo de como os meios informativos tem um grande poder sobre a sociedade está na frase de Allen Ginsberg, escritor norte-americano, que diz: "Quem quer que controle a mídia, controla a cultura". Diante disso, depreende-se que para minuir esse entrave é preciso que o Governo amplie a fiscalização sobre os meios de comunicação.   Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Ministério da Educação realize projetos que integrem os estudantes e as famílias, expondo em feiras e palestras escolares sobre "a dignidade e honra da mulher", a fim de que desconstrua o "pré-conceito" a repeito da mulher, isso é, não mais vê-las como objeto, mas como ser humanos e, em função disso, tornar uma população cumpridora dos Direito Humanos. Além disso, é essencial que o Departamento de Autorregulamentação publicitária amplie a fiscalização sobre os comunicadores de massa, com a finalidade de diminuir e também punir os praticantes desse ato, para que, assim, a cultura brasileira seja de respeito para com às mulheres. Logo há de se afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para a luta contra esses empecilhos.