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Enviada em: 21/07/2018

A objetificação da mulher, no Brasil, existe desde o período colonial. Os europeus, por exemplo, produziam esculturas que deixavam o corpo da mulher despido, exposto ao público. Ao longo dos anos a mídia evoluiu criando novos meio de comunicação como a televisão e radio, porém ainda contribui para a estruturação da desigualdade, erotização e banalização do público feminino. Nesse contexto, deve-se analisar, quais desafios o pais enfrenta para acabar com esses paradigmas.             A exposição da mulher na mídia de forma erotizada, é um dos fatores que contribuem para o agravamento da problemática. Isso ocorre porque o corpo feminino é exposto na propaganda como forma de chamar atenção para o produto oferecido. Lamentavelmente esse cenário é comum, tal fator pode ser evidenciado nas propagandas de cerveja, onde é utilizado mulheres seminuas com o objetivo de atrair o público masculino, o que faz com que a mulher seja vista como um objeto sexual pela sociedade. O resultado disso é o assédio, seja ele verbal ou sexual, e o aumento da dificuldade de combater a desigualdade de gênero.      Além disso, nota-se, ainda, que os padrões de beleza impostos pela mídia também é um desafio a ser superado em meio a sociedade. Isso ocorre porque desde séculos passados os padrões de beleza já eram idealizados, a exemplo disso, na sociedade egípcia, a rainha Nefertiti por ter um corpo esbelto e traços finos, era considerada um ícone de beleza e poder. Hodiernamente tal cenário se repete, as modelos de revista, por exemplo, para serem escolhidas precisam seguir critérios de aparência, como: uma fisionomia esbelta e sem gorduras aparentes, criando culto a uma beleza meramente superficial. Em consequência disso, o público feminino submete-se á utilização de métodos não saudáveis para emagrecer ou criar músculos, como dietas perigosas e utilização de anabolizantes, além de se serem submetidas á frustrações e dificuldade de interação social.               Portanto, é inegável, o fato de que a exposição do corpo feminino e os estigmas de beleza trazem graves consequências para a vida da mulher. Em razão disso, é necessário que o poder judiciário, criminalize as propagandas que utilizam a imagem feminina de forma desrespeitosa ou que induza a prática sexual. Ademais, é necessário que o Ministério da educação promova palestras e campanhas educacionais, nas instituições de ensino e localidades, sobre os riscos que os padrões de beleza proporcionam e como evita-los , podendo conter discussões acerca do tema, com profissionais especializados na área, como psicólogos  e pedagogos, pois como disse Nelson Mandela " A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Quem sabe assim a objetificação da mulher finalmente entre em escassez em meio a sociedade.