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Enviada em: 27/07/2018

A objetificação sexual de pessoas apresentadas em propagandas na intenção de vender algum produto e lucrar em cima disso não é nada novo. De acordo com Caroline Heldman, 96% das imagens que tratam o corpo humano como objeto são de mulheres, ligando a objetificação sexual com a feminina. Esse tipo de publicidade se torna um problema social quando faz com que a mulher se sinta apenas como um objeto de prazer, alimentando a cultura do estupro e criando padrões a serem seguidos por outras garotas.     Em primeira análise, a mídia sempre procura inserir mulheres que combinem com com um padrão estético construído pela sociedade ao longo dos anos. Esse modelo exclui as meninas que não se encaixem nesse patamar. Conforme pesquisa realizada pela empresa de cosméticos DOVE, cerca de 6000 mulheres foram entrevistadas, e apenas 4% delas se sentem seguras o suficiente para se denominarem belas. Esse número se torna alarmante e lamentável, pois mostra como a sociedade carrega uma herança histórico-cultural de um procura incansável para se assemelhar com as pessoas que aparecem na televisão, causando distúrbios alimentares, problemas psicológicos e em alguns casos, colocando sua vida em risco em busca de uma remodelagem plástica.     Atrelada a objetificação sexual da mulher, faz-se necessário ressaltar que os comerciais que utilizam o corpo feminino como forma de chamar atenção do público masculino estimulam o ascensão da cultura do estupro. Segundo pesquisa feito pelo Jornal Sage, mulheres que já foram objetificadas tendem a serem pressionadas sexualmente. No Brasil, cerca de 130 mulheres são estupradas todos os dias, como afirmou a Senadora Simone Tebet. Então, é vigente como a coisificação feminina prejudica a mulher em vários âmbitos.     Fica claro, portanto, a importância de acabar com a problemática em questão. Por isso, é imprescindível que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária reforce o supervisionamento das propagandas que utilizem o corpo feminino de tal forma. Além disso, os meios de comunicação devem fazer campanhas de aceitação, acabando com a padronização do corpo feminino. Deste modo, a mulher deixa de ser vista apenas como meio de entretenimento e prazer.