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Enviada em: 29/08/2018

Na Grécia antiga, as mulheres eram consideradas incompletas intelectualmente e as funções designadas à elas eram, majoritariamente, pautadas no que diz respeito à satisfazer o homem. Na hodiernidade, após o movimento feminista - que garantiu ao sexo feminino direitos básicos e um papel definitivo na sociedade - esse cenário sofreu transformações importantes. Entretanto, a herdade advinda das primeiras civilizações permanece e a mulher ainda é tratada como um objeto sexual, configurando, dessa maneira, misoginia cultural. Inegavelmente, esses ideários vetustos relacionam-se, analogamente, à realidade brasileira e, além disso, revelam negligência governamental em cessar o infortúnio. Em síntese, as lacunas deixadas pela modernidade assombram a idade contemporânea.  É importante ressaltar que está intrínseco na conjuntura global considerar o corpo feminino como um meio de rejubilar os desejos do sexo oposto. Esse ideal tem suas raízes nos reinos primitivos, os quais permitiam, unicamente, que as mulheres utilizassem o físico como meio de ascensão social. Incontrovertivelmente, a mobilidade delas não fazia-se real, uma vez que a coletividade não permitia a afluência destas. Em virtude dos preceitos antiéticos e imorais efetivados na história da humanidade contra àquela que é a progenitora de todas as civilizações, a potencialização dos dogmas remotos, assustadoramente, cresce. Sumamente, a existência de preconceitos corrobora para o fato assustador de que mulheres ganham 30% menos do que os homens, ainda que exerçam a mesma função.  Outrossim, a objetificação feminina é nociva e causa demasiados efeitos negativos, como a não-garantia de ingressar nas universidades, de conseguir um emprego que segue bases humanitárias e, por fim, minoritária atividade social. Nesse sentido, a mulher não é a única prejudicada e esse imbróglio afeta toda a sociedade economicamente participante. Ademais, vale salientar que a reificação do "sexo frágil" - termo popularizado pela cultura patriarcal, contudo, errôneo - é facilmente encontrada em propagandas publicitárias. Uma pesquisa realizada por estudantes da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, assustadoramente, em 60% das campanhas contém sexualização feminina. Esse dado reflete a ineficiência dos governantes em buscar meios para incluir, humanizadamente, a mulher no cenário atual, sem que a mesma seja "coisificada" por parte da mídia e da população.  Fica claro, portanto, que a objetificação e sexualização da mulher é uma problemática cultural e urge soluções. Em primeiro lugar, é necessário que o poder legislativo crie e sancione leis que acabem, finalmente, com a atribuição machista às mulheres nas propagandas publicitárias. Desse modo, evitaríamos a permanência de atitudes contraproducentes com o público feminino. Além disso, a escola, como formadora de caráter, deve intervir com palestras acerca do tema desde o pré-ensino.