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Enviada em: 01/11/2018

O Romantismo, movimento literário, protagonizava a mulher, na maioria das obras, com certa idolatria, pois a busca contínua pelo amor da mulher querida era temática dos mais variados poemas. No entanto, atualmente, nota-se uma mentalidade contrária, uma vez que a objetificação da mulher, no âmbito publicitário, por exemplo, evidencia-se no Brasil. Diante disso, a persistência do machismo e a desvalorização feminina torna-se corriqueira. Sendo assim, mudanças políticas urgem nesse alarmante cenário. Em primeira análise, deve-se salientar, que desde a colonização portuguesa, em 1500, a sociedade brasileira era extremamente patriarcal, dado que os senhores de engenho eram vistos, socialmente, como proprietários de suas terras, escravos, e família. Nesse contexto, a ''coisificação'' da mulher advém de raízes antigas, porém, ainda persiste na atualidade, pois a veiculação de propagandas de várias bebidas alcoólicas, sexualizando a mulher, são vistas periodicamente na mídia. Logo, infelizmente, o estímulo à continuidade do machismo perpetua-se no país. Além disso, vale parafrasear, o pensamento do sociólogo Bauman que, em sua obra ''Modernidade Líquida'', ratifica a fragilidade dos laços humanos na atualidade. Sob essa ótica, nota-se que, em detrimento lucrativo, empresas publicitárias vulgarizam o sexo feminino ambicionando a atração de homens na compra do objeto veiculado. Exemplo disso, são propagandas de cervejas que utilizam adjetivos como ''gostosa'' para qualificar tanto a mulher quanto a bebida, denegrindo a imagem feminina. Diante dos fatos supracitados, evidencia-se, portanto, a necessidade da consonância entre União e Legislativo, tendo em vista a criação de leis mais rígidas no controle da divulgação de propagandas, com teor ofensivo às mulheres, no intuito de punir, mediante leis federais, empresas publicitarias que praticam esses atos. Ademais, a mídia publicitária deve conscientizar-se da importância da quebra da mentalidade machista no país e, a curto prazo, deve erradicar a presença feminina em propagandas de cunho preconceituoso. Só assim, esse cenário retrógrado será passado.