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Enviada em: 22/10/2018

Com a supremacia do capitalismo industrial aliado aos meios de comunicação, sobretudo após 1970, a publicidade pôde padronizar e homogenizar produtos, bem como influenciar relações sociais e aspectos comportamentais de consumidores. De mesmo modo, a propaganda, na sociedade hodierna, promove padrões estéticos e estereótipos de gênero, fortemente ligados à objetificação da mulher.     Segundo Theodor Adorno, filósofo e sociólogo alemão, a indústria cultural designa uma produção baseada na cultura de massa, alienação,  vulgarização cultural e por consequência, na ideologia da dominação. Nesse sentido, a propaganda atua como agente favorecedor da subordinação e objetificação feminina e do hedonismo masculino relacionado com práticas consumistas e sexuais, notadamente em comerciais de produtos de limpeza e cerveja, respectivamente.          Ademais, a auto-objetificação mostra-se como solução, ainda que inconscientemente, para muitas mulheres, com a ideologia de obter-se notabilidade e valor na sociedade, mediante valorização do homem e de  estereótipos de beleza irreais, na tentativa de tornar-se o objeto ideal. Dessa forma, aumenta, na sociedade contemporânea, o número de doenças ligadas à transtornos alimentares, depressão, baixa auto-estima e ansiedade, explicado pelo sociólogo Zygmunt Bauman, em sua teoria da sociedade líquida, pela atual fluidez, individualismo e imediatismo nas relações sociais.          Portanto, é imperioso a adoção de medidas que visem combater a objetificação da mulher na publicidade e na sociedade. Cabe ao Poder Judiciário com apoio do Governo Federal propor leis de incentivo fiscal para empresas que valorizam o empoderamento feminino em suas propagandas, com redução de impostos para estas empresas, a fim de reduzir propagandas que objetificam mulheres, como também, ampliar propagandas que enaltecem a igualdade de gêneros. Dessa forma, a partir disso, espera-se proporcionar mudanças na publicidade e na sociedade.