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Enviada em: 28/10/2018

Exploração comercial feminina     A Carta Magna de 1988 assegura que as cidadãs gozem de direitos imprescindíveis - como  a igualdade de gênero - para a manutenção da equivalência social.Verifica-se,porém,grande discrepância entre a teoria e a realidade brasileira,posto que as mulheres são vistas como objetos nas peças publicitárias.Com isso,essa problemática persiste intrinsecamente relacionada a contemporaneidade nacional,seja pelo preconceito sexista enraizado no país,seja pela influência negativa ao cotidiano feminino.     Em primeiro lugar,consoante ao sociólogo Émile Durkheim,o fato social é o modo coletivo de agir e de pensar,logo,um indivíduo que vive em um sociedade machista tende a adotar essa singularidade.Nesse contexto,visando à atenção dos homens,gradativamente,as propagandas relativizam as mulheres aos desejos sexuais masculinos,visto que o erotismo e a seminudez feminina são explorados em alguns comerciais.Assim,tal fenômeno correlaciona-se diretamente com a perpetuação da intolerância masculina através do assédio verbal e sexual.     Outrossim,sob a perspectiva filosófica de Theodor W. Adorno,a mídia cria certos estereótipos que tiram a liberdade de pensamento e influenciam negativamente a população.Desse modo,os padrões de beleza e a objetificação sexual feminina,fatores exaltados na maioria das peças publicitárias,acarretam distúrbios psicológicos - anorexia,bulimia  e depressão - em diversas espectadoras.Em reflexo disso,a demanda por procedimentos de cirurgia plástica estética e reparadora ganha espaço no cotidiano das mulheres brasileiras.       Urge,portanto,que as instituições nacionais cooperam para mitigar essa problemática.Assim,visando à erradicação da desigualdade de gênero na sociedade brasileira,cabe ao Estado,com o apoio do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária,aplicar multas financeiras às empresas cujas propagandas exacerbam a objetificação sexual das mulheres.Com essa medida,talvez,a teoria da Constituição Cidadã torne-se realidade.