Materiais:
Enviada em: 11/02/2019

Desde os anos 1950 a objetificação da mulher na publicidade assina a perpetuação do machismo na sociedade, empregando o arquétipo da imagem feminina como um produto de interesse masculino levando a erotização precoce mercantilizando o corpo da mulher.  Um fato que comprova a recorrência dessa objetificação desde os seus primórdios é um anúncio de gravatas da Van Heusen de 1950 que mostra uma mulher ajoelhada em frente ao homem e apresenta o título ‘’Mostre a ela que o mundo é dos homens’’. A mulher nas propagandas aparece submissa ao homem inclusive quando não há um nexo imediato para que a figura seja utilizada. A mercantilização mencionada leva a sociedade a uma dicotomia entre objeto e sujeito, onde o sujeito age (propaganda/homem) e objetos sofrem ação (mulheres sexualizadas em propagandas) dessa forma o objeto torna-se um subordinado, pois em sua posição será sempre aquele a sofrer a ação. Ação esta que reforça a cultura do assédio, expõe e estimula a violência sexual, a misoginia e a permissividade feminina legitimando o machismo.  Isto posto, fica clara a necessidade de uma legislação dos meios de comunicação em massa, portanto cabe ao Conselho Nacional de Auto-regulamentação publicitária (Conar) deliberar sobre propagandas antes de ir ao ar e ao Ministerio Público fiscalizar e punir de acordo com as leis vigentes. No âmbito individual cabe ao espectador boicotar matériais que objetificam as mulheres e contatar produtores de mídia quando a propaganda soar ofensiva. De forma a dar um ponto final no ciclo de objetificação feminina vigente desde os anos 1950.