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Enviada em: 07/03/2019

Em meados do século dezenove, os escritores da escola literária brasileira Romantismo já idealizavam sexualmente a figura feminina em suas obras. Analogamente, essa herança romântica repercute na contemporaneidade por meio da objetificação e padronização do corpo feminino nas publicidades dirigidas aos publico consumidor. Contudo, essa objetificação é inversamente proporcional ao bem estar social, visto que estigmatiza a mulher e influencia a população na hora de escolher quais produtos  deseja consumir.           Em uma primeira análise, é válido destacar que a coisificação da mulher está atrelada a Indústria Cultural, termo criado por Max Horkheimer e Theodor Adorno para designar-se ao modo de fazer cultura segundo a lógica industrial capitalista. Sendo assim, os departamentos de marketing erotizam a mulher em suas propagandas comerciais, como nas de bebida alcoólica, onde não se sabe se o produto anunciado é a bebida ou a atriz do anúncio, fomentando uma cultura na qual a função da mulher é prover prazer sexual.           Convém, ainda, lembrar que, devido à Indústria Cultural, a objetificação da mulher tornou-se Fato Social, termo criado por Émile Durkheim para designar-se a algo que molde o comportamento dos indivíduos. Dessa forma, o sexo feminino se policia constantemente para aderir-se aos padrões divulgados nas grandes mídias, a fim de conquistar a aceitação social, como a "moda fitness" que popularizou-se no Brasil atualmente. Contudo, isso é uma construção social e pode e deve ser desconstruída.            Faz-se necessário, portanto, que o Ministério da Educação, altere a grade curricular brasileira, por meio de uma reformulação na antiga, de modo que priorize a desconstrução de ideologias, para que a herança romântica intrínseca na comunidade brasileira seja rompida. Dessa maneira, a futura geração tenderá a equidade de gênero e as mulheres passarão a ser vistar como fundamentais para a matriz social e não como objetos sexuais. Consequentemente, sua coisificação e padronização nas publicidades extinguirão-se, fazendo com que o sexo feminino não precise aderir-se a certos modelos para ser aceito socialmente.