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Enviada em: 07/08/2019

Segundo a metáfora de Platão “O mito da caverna”, o homem ignorante vê as sombras disformes projetadas na parede e endente-as como a representação verídica do mundo real. Sob tal ótica, compreende-se o papel da mídia atualmente de maneira análoga à proposta pelo filósofo. Desse modo, os meios de comunicação seriam os responsáveis em delinear a imagem da realidade, aos que assistem, tornam-se meros telespectadores crentes dela. Portanto, a imprensa, dotada de interesses de venda, corrobora para a difusão comercial de produtos e ideias as quais sexualizam e impõem o papel social da mulher.       Precipuamente, o século XX exemplificou, por meio de propagandas, o lugar da mulher na sociedade da época. Outrossim, o “American way of life” –estilo de vida americano- sempre colocou a mulher como responsável pelo lar, a que cuida dos filhos enquanto o marido trabalha para mantê-los e ascender a família financeiramente comprando bens. Semelhantemente, durante a Guerra – Fria, na corrida espacial, um anúncio inseriu a mulher como aquela que “tornará a lua mais limpa”, mais uma vez, deu a elas o papel doméstico. Portanto, pelos fatos supracitados, analisa-se o estabelecimento da relação da figura feminina à comercialização de um produto.       Sobre esse ângulo, o capitalismo cuidou em objetificar pessoas. Similarmente, pôs o ser humano como parte do produto, uma vez que atrelou suas características físicas à divulgação de bens e produtos para ampliar o poder de vendas. Nesse contexto, insere-se a mulher e a sexualização do seu corpo para “chamar atenção”. Por exemplo, a indústria de mangás e animês que, hodiernamente, exaltam a feminilidade através dos grandes seios, como o caso da personagem Tsunade Senju da obra de Masashi Kishimoto. Não só no exterior, mas no Brasil com as propagandas de cervejas e preservativos. Dessarte, a reificação tornou-se uma prática imoral, todavia comum, de representar a figura feminina.       Destarte, faz-mister acabar com a persistência da coisificação do ser humano em vendas de produtos que sexualizam e/ou ditam ideias paras relações sociais. Cabe, portanto, ao legislativo, responsável primário pelas leis brasileiras, prescrever normas que criminalizem a propagação de anúncios que objetificam a mulher, não como forma de censura, mas como prevenção aos abusos da mídia na representação feminina. Assim, os indivíduos estarão seguros desses exageros da mídia.