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Enviada em: 01/05/2017

Garçonetes. Secretárias. Cozinheiras. Constantemente as mulheres são representadas nas propagandas comerciais em posições de submissão ao patrão ou ao cliente. Essa exibição da figura feminina como objeto que depende da ação de um sujeito - o homem - é um problema antigo e que acarreta em sérios transtornos pessoais e sociais.    Em primeiro lugar, não é de hoje que a mulher é reificada. Já no início da publicidade, a esposa era retratada como instrumento de promoção de felicidade ao marido. Os eletrodomésticos, por exemplo, eram apresentados como peças dessa engrenagem, que ajudavam-nas a ter mais tempo para cumprir esse propósito. Hoje, apesar dos anos, os produtos mudaram mas a ideologia continua a mesma.    Além disso, essa depreciação não só fortalece a desigualdade de gênero como influencia diretamente nas relações femininas. É fato que a representação do homem como hierarquicamente superior, contribui para a estabilização desse pensamento. Entretanto, também institui um parâmetro de beleza a ser seguido para alcançar-se a satisfação masculina. Por consequência da busca por esse padrão, instala-se um ambiente de competitividade entre as mulheres, pois estas se vêm lutando para alcançar o idealizado nas propagandas, tais como um corpo perfeito, um cabelo liso, etc. E as que não atingem esse ideal, se sentem inferiorizadas e oprimidas por esse padrão.     Desse modo, fica claro que a objetificação feminina é responsável por fortes consequências em variáveis âmbitos e que, apesar da recente preocupação, ocorre há muito tempo. Por conseguinte, deve ser combatida principalmente pela mídia através de análises mais críticas nas propagandas antes de serem transmitidas, e também através de programas que discutam os esteriótipos estabelecidos e conscientize sobre a necessidade de ajuda psicológica para as vítimas desse problema. Assim, as mulheres não só deixarão de serem retratadas como submissas, como de fato deixarão de ser.