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Enviada em: 08/05/2017

Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável, cabe a ele escolher seu modo de agir. É certo que a objetificação da mulher na publicidade influencia o modo de agir da sociedade. Nesse âmbito, pode-se analisar que a permanência da imagem feminina  como objeto sexual prejudica o combate à violência contra a mulher e a busca pela igualdade de gênero.            Cabe destacar, no caso da violência de gênero no Brasil, a entrada em vigor da Lei Maria da Penha, que pune com rigor a violência doméstica contra a mulher. Entretanto, de acordo com a ONU, quase cinquenta mil mulheres sofreram estupro no ano de 2014. Essa informação evidencia que  o rigor da punição não é suficiente para reduzir índices tão preocupantes. Nesse sentido, é preponderante que o homem possa identificar a mulher como um ser humano completo, com todos os direitos e obrigações inerentes a uma cidadã. A publicidade que compara a mulher com algo que deve ser usado e consumido não é compatível com a mudança de pensamento necessária para garantir a proteção feminina.               Quanto ao problema da igualdade de gênero, observa-se, no cenário atual, que a mulher continua em desvantagem social. Dessa forma, destaca-se a posição inferior da mulher em relação ao homens, considerando aspectos como diferenças salariais entre gêneros, responsabilidades domésticas e segurança. É indubitável que há discriminação profissional, visto que homens com a mesma formação recebem salários superiores, conforme pesquisas do IBGE divulgadas nacionalmente. Ocorre que, desde o Brasil colonial, a sociedade se organiza segundo o conceito patriarcal. As mudanças de estruturas sociais observadas nos últimos anos, como o aumento do número de famílias chefiadas por mulheres, não foram suficientes para acabar com a discriminação contra a mulher. Depreende-se que, enquanto a imagem feminina for manipulada com o intuito de unicamente satisfazer os desejos masculinos, não haverá condições de promover a igualdade de gêneros.         Entende-se, portanto, que é responsabilidade de cada ser humano escolher um modo de agir compatível com a justiça. A fim de atenuar a problemática da objetificação da mulher na publicidade, em relação à violência, as ONGs relacionadas ao assunto devem criar um site para denúncias de propagandas que contenham violência contra mulher e, assim, realizado um trabalho de conscientização das empresas de publicidade, bem como das contratantes. Além disso, as escolas devem realizar trabalhos em conjunto com as famílias, para promover a discussão sobre a igualdade de gênero no país e disseminar a importância da responsabilidade pessoal. Dessa forma, será possível construir uma sociedade mais justa, com a proteção de todos os direitos dos cidadãos, homens ou mulheres.