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Enviada em: 18/05/2017

O Brasil é um país que, como outros, foi marcado pelo patriarcalismo e o consequente machismo desenfreado. Felizmente, após lutas e conquistas femininas a relação patriarcal está deixando de prevalece, embora o machismo continue. Um dos fatores que demonstra isso é a constante objetivação da mulher, principalmente, na publicidade. Diante desse cenário, então, fazem-se necessárias melhores discussões e soluções para essa problemática, visto que mulher não é objeto e nem deve ser tratada como tal.    Há aproximadamente 80 anos as mulheres conquistavam o direito de votar e serem votadas, entraram no mercado de trabalho, começaram a liderar famílias e empresas. O que muitos ainda não vêem é que essas, ainda, são tratadas como produtos, objetos, brindes ou são hipersexualizadas diante da sociedade. É notável quando passam em comerciais de cerveja, mulheres de biquínis, numa praia com corpos belíssimos apresentando a bebida. Ou em propagandas de sabão em pó onde donas de casa são sempre o alvo.       Incisa nessa lógica, na época da Copa a marca de sabão Ariel lançou uma campanha em forma de quadrinhos que dizia, “Eu torço sim”. Era uma mulher torcendo pelo Brasil e no ultimo quadrinho aparecia a camisa toda suada e ela a torcia. Ou seja, ela “torce”. Torce roupa. Dessa forma, percebe-se que a maneira como as mulheres são retratadas nas propagandas é apenas um espelho de como elas são vistas pelo povo: um objeto de desejo, como também é a cerveja ou uma esposa que tem como prioridade apenas a cozinha, casa e os filhos.       Portanto, a questão principal está em entender que as propagandas têm um sentido político e de divulgação que, na maioria das vezes, influencia no censo crítico e no valor social de quem vê. Nesse viés, essas publicidades desmedidas irão estimular abusos, agressões, empedramento e desrespeito às mulheres, sendo de forma física, psicológica ou social. Então, o universo feminino precisa se valorizar mais, não admitindo certas situações. As esferas governamentais necessitam apoiar os projetos de leis que estão em trâmite para que as propagandas que exponham ou estimulem atos de todo tipo contra as mulheres sejam proibidos. Devem punir com multas empresas que abusarem da imagem feminina apenas para vender mais. Ademais, a sociedade em geral precisa deixar o machismo e reconhecer o equilíbrio dos gêneros em tudo. E isso deve começar desde cedo nas escolas e em campanhas educativas sem abusar da imagem feminina.