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Enviada em: 20/05/2017

A propagação de estereótipos que objetificam as mulheres frente ao gênero masculino ocorre de várias maneiras, principalmente através do plano midiático. Anúncios contendo elementos sexistas, como os de cerveja, influenciam a forma pejorativa como a mulher é vista e tratada na sociedade, já que a propaganda divulga opiniões e informações com o objetivo de influenciar o comportamento do público. Com a disseminação tecnológica, a população possui cada vez mais acesso e é mais suscetível a essas ideias, tornando-se necessárias novas representações da mulher.        A objetificação da figura feminina consiste na análise da mesma ao nível de objeto, focando em seus atributos sexuais ou físicos, em detrimento de seus aspectos emocionais e psicológicos, e colocando a mulher como mera mercadoria a ser consumida e como fonte de satisfação dos desejos masculinos. Ao se atribuir esse papel a mesma, são reafirmados valores do machismo e  da sociedade patriarcalista, na qual o homem ditava as regras e designava a função da mulher no meio social, e em que a disparidade de tratamento entre o gêneros era imensurável,constituindo uma barreira a promoção de uma sociedade igualitária e a evolução moral e ética dessa.        Essa desigualdade, influenciada pela objetificação, pode ser observada na baixa quantia de mulheres em cargos de chefia, na disparidade salarial entre essas e homens que possuem a mesma qualificação profissional, na presença de ditados populares que questionam a capacidade intelectual da mesma e na tolerância a tratamentos violentos designados ao sexo feminino que passam a ser justificados pela suposta predominância natural de um gênero sobre outro. Ademais, o estabelecimento de um padrão corpo perfeito e de um ideário de beleza que não se manifesta na realidade feito por essas propagandas e aos quais as garotas são submetidas desde crianças contribui para o aumento de casos de depressão, distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia, e problemas de auto-estima nesse grupo social,os quais atrapalham profundamente a vida pessoal e profissional.       Portanto, diante dos danos que a objetificação feminina na publicidade provoca, é necessário que haja uma mudança profunda na representação da mulher por veículos midiáticos. Para isso, é preciso que a sociedade não consuma materiais que vinculem ideias sexistas e que denigram o sexo feminino e que manifestem sua opinião contrária a eles em debates pela internet. Fundações e ONGs de apoio a mulher podem organizar campanhas sobre a igualdade de sexos, que tratem sobre a importância de reconhecimento da capacidade intelectual e produtiva da mulher, visando a superações dos frutos patriarcais, além de promover manifestações que tratem dessas pautas. O poder público também pode estabelecer práticas de combates à discriminação de gênero, promovendo a equidade dos sexos.