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Enviada em: 28/05/2017

Segundo Albert Einstein, a menos que a sociedade mude a forma de pensar, esta não será capaz de resolver os problemas causados pela maneira como acostumou-se de ver o mundo. Tal pensamento assemelha-se com a hodierna conjuntura presenciada no âmbito social, no que se refere a objetificação da mulher, na qual o conjunto mulheril, principalmente através de propagandas e anúncios, torna-se de forma recrudescida, simbolo de prosperidade individual e sexual dos homens. Depreende-se assim, que tais circunstancias transformam-se em obstáculos diante do caminho para a igualdade de gênero.   Em primeiro plano, é notório que os meios de comunicação são os grandes responsáveis pela problemática abordada. Comumentemente, é possível observar-se mulheres sendo totalmente expostas,  como sinônimo de valorização de determinado produto e/ou marca. Ainda vale salientar que, com o advento do capitalismo, a ganância pelo consumo prevaleceu em detrimento da solenidade, sendo ignorada qualquer fronteira particular, em troca do expansionismo comercial. Dessa forma a ambição mercantil, converte-se em empecilho para a resolução do impasse.    Em consequência disso, observa-se um retrocesso na luta feminina pela equivalência de gêneros, haja vista que a visão da mulher como objeto a transforma em produto de anseio, e renega o conceito de isonomia social. Outrossim, surge o conceito de auto-objetificação, na qual a massa feminil busca alcançar o padrão de beleza estipulado pela comunidade, desprezando totalmente suas definições pessoais sobre o conceito de venustidade.     Destarte, são necessárias soluções para o epílogo da objetificação mulheril. De acordo com Jean-Jacques Rousseau, a natureza fez o homem feliz, entretanto a sociedade deprava-o e o deixa na miséria. Analogamente, pode-se perceber que a desconstrução de paradigmas no âmbito contemporâneo vê-se como caminho essencial. Primordialmente, torna-se preciso que a mídia promova a substituição de comerciais e programas que proporcionam de forma demasiada a exposição da mulher, por situações que mostrem o equívoco de exibicionismo exacerbado. Ademais, é viável que o congresso discuta tais assuntos e proporcione a criação de leis que proíbam e deem voz a problemática abordada. Assim, o meio social irá encaminhar-se para a suplantação do padrão extrínseco referente ao gênero feminino como objeto.