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Enviada em: 09/06/2017

Elas ganharam seu espaço entre os homens, porém perderam suas roupas na publicidade de produtos consumidos de maneira massiva por eles, foram usadas não pelo intelecto, valores, ideal ou individualidades que possuem, mas sim pelo desejo de consumo que sua beleza e corpo, comparados com o produto a ser vendido, podem despertar no público masculino, sendo assim consideradas objetos.        Esse fato se tornou comum e tem consequências graves, de acordo com os autores Momo e Franco, deu-se início a “uma nova onda de ‘brindes’ à supremacia masculina: mulher produto, à mulher que nasceu apenas para servir, limpar e ser usada”, justamente por serem vistas dessa maneira, elas passaram a se auto-objetificar e objetificar outras mulheres, a mídia impõe padrões de beleza praticamente inalcançáveis e desde adolescentes, dentro e ora de casa, as jovens são estimuladas a viver apenas para alcançar esses padrões estéticos e se tornarem sexualmente atraentes para os homens, segundo Lana de Lima, formada em ciências políticas na UnB, “enxergar o próprio corpo e o corpo de outras mulheres como objetos de satisfação do desejo sexual masculino é parte do processo de auto-objetificação”. Tudo isso leva a consequências como isolamento social, danos a autoestima, depressão, e em casos mais graves, o suicídio.       A partir disso, projetos de lei, como o que está em análise na câmara dos deputados, objetivando proibir publicidade que exponha ou estimule a agressão ou violência sexual contra as mulheres devem ser desenvolvidos e colocados em prática e os pais e as escolas devem interferir de maneira a incentivar as jovens e adolescentes a serem elas mesmas e não o que os padrões impõem, identificar e combater as pequenas atitudes que reforçam a objetificação e mostrar que elas podem ser muito mais que objetos de prazer masculino, pois “combater esse problema é mostrar para as mulheres que elas são indivíduos completos e capazes – Lana de Lima”.