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Enviada em: 08/06/2017

A imposição da figura feminina como independente da masculina é uma luta que perpassa o decorrer dos séculos. Desde a origem da vida, na conjuntura cristã, a mulher foi apontada como uma ameaça ao homem, no sentido de oferecer tentações e prazeres carnais. Esta visão religiosa, condizente ao que transmitia a bíblia, foi alicerce para o processo de pré-conceito acerca do papel e da atuação da mulher. Esse cenário histórico enraizado até o contexto atual resultou na anulação da mulher como agente social e ser transformador do mundo em que integra.     Ora, apesar de em meados do século XX, as mulheres terem conseguido firmar seu papel de participação social ativa, conquistando direito ao voto, igualdade salarial e o exercício de profissões outrora predominantemente masculinas, um grande problema ainda permanece em meio a todas essas vitórias: a objetificação sexual da mulher. A forma como a figura feminina é representada nos veículos midiáticos é depreciativa e humilhante. A mulher é vista como atrativo de prazer, bem como, corpo desprovido de qualquer nobreza intelectual, uma vez que esta apenas serve para satisfazer os desejos carnais masculinos.        Ademais, por meio de papéis nos filmes e propagandas de carros ou cervejas – estes últimos, na maioria das vezes, que despertam o interesse masculino -, a mulher sempre esteve representando armas de sedução aos homens, com pouca roupa e falas idiotizadas. Isto é, nos distintos segmentos da publicidade, barreiras de preconceito precisam ser derrubadas para que a imagem da mulher seja respeitada e que esta seja valorizada, da mesma maneira que o homem, como parte fundamental da sociedade em que vive.         É imprescindível, portanto, que medidas sejam tomadas para solucionar este revés. Por parte do governo é de extrema importância que leis sejam criadas com o fito de proteger a imagem da mulher, resguardá-la e garantir a punição dos que violarem tais normas. A regularização, pelas autoridades competentes, dos textos e imagens utilizados nas propagandas onde a figura feminina seja parte é uma arma de repressão a atitudes que possam macular ou prejudicar o sentimento feminino de forma geral. É necessário também, que a mídia cumpra seu dever e veicule de forma sensata tais propagandas, agindo de acordo com a lei e empoderando as mulheres, para que ao invés de transformá-las em objeto de desejo, estas possam sentir-se representadas satisfatoriamente.