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Enviada em: 14/06/2017

Em Amsterdã, capital da Holanda, existe um bairro conhecido como “Red Light District”, onde as mulheres ficam expostas em vitrines nas ruas para prostituição. Embora seja uma forma de divulgação do trabalho, esse tipo de publicidade acaba objetificando a mulher, comparando-a a um produto exposto na prateleira de um supermercado. No entanto, mesmo sendo um fato internacional, também faz parte da realidade brasileira, onde comerciais de cerveja e de automóveis assemelham mulheres a coisas materiais, intensificando um pensamento machista na sociedade brasileira.       Diante disso, visando seduzir o consumidor através dos sentidos, as empresas, mais interessadas em lucros do que na formação da sociedade, induzem um padrão de felicidade ao homem que o coloca como ser superior, sendo a mulher equiparada a objetos. Um exemplo disso ocorreu em uma propaganda de cerveja, onde uma atriz segurava cervejas de tamanhos diferentes e cada uma tinha a descrição do seu volume, contudo, também mencionava a quantidade de silicone da moça enquanto a frase “faça sua escolha” insinuava sua comparação ao produto.        Diante do exposto, segundo o filósofo Immanuel Kant, os seres racionais possuem um fim em si mesmo e não podem, portanto, ser utilizados para se atingir determinadas finalidades. Desse modo, as campanhas publicitárias que comparam mulheres a “coisas” estão ferindo a dignidade humana feminina, provocando um mal público, frente aos interesses privados dessas empresas.    Sendo assim, é necessário que o Conselho Nacional de Autorregulamentação (CONAR) aplique multa às empresas que objetificarem as mulheres, empregando a quantia arrecadada em publicidade nas mídias sociais que incentive a dignidade das mesmas. Além disso, as empresas devem reformular seus conceitos, elaborando propagandas que valorizem o sexo feminino, onde as atrizes consomem e não mais servem. Assim, é possível acabar com a objetificação das mulheres nas propagandas bem como o machismo na sociedade.