Materiais:
Enviada em: 15/06/2017

Já afirmava, Claude Lévi-Strauss “O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele”. Nessa perspectiva a sociedade vive um paradoxo, o fato social feminino, em contrapartida ao seu atrelamento econômico. Surge assim, a problemática da objetificação da mulher na publicidade, persistindo, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela ineficácia das leis, seja pela lenta mudança na mentalidade social.  É indubitável, que a questão constitucional seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para Aristóteles a política por intermédio da justiça deveria trazer harmonia ao indivíduo e a sociedade. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que, a mulher tem seus primeiros direitos de igualdade, como o direito ao voto, homologados na década de 30, entretanto, sua visão social ainda remete-se a um ser inferior, uma mercadoria. Não obstante, com a parcialidade das leis, ela transforma-se em fator sexual, não mais alienante à compra do produto, mas o próprio produto.  Outrossim, a lenta mudança na mentalidade da sociedade entra no contexto do paradoxo. Para Durkheim, o fato social é uma ideologia, ou prática coerciva e generalizada que se repete ao longo do tempo. Nesse âmbito, o machismo escondido atrás da publicidade feminina ainda coexiste junto com a ideia do objeto mulher, formulados em uma comunidade arcaica de outrora. O vigorante pensamento paulatinamente, é a principal barreira a ser quebrada para o fim do egocentrismo de gênero.  Infere-se, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O governo, em principal, o Poder Legislativo, deve criar, suprir e reformular novas legislação, visando o amparo social feminino. Em conjunção, a indústria mediática de publicidade e propaganda, deve receber restrições estatais para com o uso da imagem feminina em sua comercialização. Para o Poder Executivo, cabe influenciar os jovens e adolescentes com palestras dispersas em escolas de nível médio e fundamental. Desse modo, o fato social terá seu fim, vigorando o equilíbrio aristotélico.