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Enviada em: 21/06/2017

A audácia da publicidade   Desde a chegada da mulher ao mercado de trabalho no século XVIII, o sexo feminino vêm conquistando cada vez mais direitos. Diante disso, é inadmissível aceitar que as campanhas publicitárias façam da mulher um objeto de venda, tendo em vista que tal atitude desrespeita o gênero e influência negativamente a sociedade.   A filosofa francesa Simone Beavoir afirmava que a figura feminina é fruto de uma construção social, isto é, uma pessoa só pode ser considerada mulher quando ela luta pelo seu espaço na sociedade. Sendo assim, trata-las como um objeto é o mesmo que cuspir no rosto de tantas cidadãs que se esforçam diariamente pelo cumprimento dos seus direitos. Dentre as reivindicações feitas por elas estão: a maior participação política, salários mais justos, leis que apoiem a causa, etc.   Ainda convém lembrar que a publicidade tem o poder de persuadir pessoas. Por isso, não é de se espantar que a pesquisa realizada pela Organização não governamental (ONG) Action Aid tenha apontado que cerca de 86% das mulheres brasileiras já tenham sofrido algum tipo de assédio em público. Ademais, tal tipo de propaganda faz com que as próprias mulheres passem a se desvalorizar.   Diante dos argumentos citados, conclui-se que é imprescindível reprimir propagandas que atribuam à mulher característica de objeto. Para tanto, o legislativo precisa criar leis que proíbam a divulgação de campanhas publicitárias ofensivas, prevendo multa para os infratores. Outrossim, o Ministério da Educação (MEC) deve promover a criação de debates nas escolas a fim de incentivar os alunos a repudiarem esse tipo de pensamento. Por fim, cabe as próprias mulheres se orgulharem do que são e irem às ruas exigindo mais respeito.