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Enviada em: 28/08/2017

A feminilidade brasileira carregou eras dos mesmos discursos: Rita Baiana era a brasileira indomável do cortiço, Carmem Miranda, prodígio de Hollywood, Aline Riscado, a Verão da Itaipava, todas apresentam: a mulher do símbolo sexual vestida para o público e com o corpo padrão 36 ou violão, a beleza dominada no manequim. A mulher do momento, transformada num fetiche por determinada marca e o principal, o controle do: corpo, comportamento, auto-imagem, papel social e estilo.  O caso da Aline Riscado, a Verão da Itaipava, traz um discurso extremamente comercial, machista e excludente. Aline, ao passar, desperta os olhares dos homens e gera comentários sexualizados sobre seu corpo, o famoso apelo sexual, também concomitante ao assédio, por exemplo. Reforçando um comportamento social no qual: uma se veste para ser o centro da atenção e julgada sexy ou não pela estética ou estilo do seu corpo, roupa. A publicidade inconsciente fez o lucro, mas não a conscientização: o Brasil é um dos líderes em casos de assédio e estupro.    A dourada Helô Pinheiro, garota de Ipanema, fez um dos maiores frissons dos anos 70. A garota de Ipanema ditava a moda, o padrão de corpo, o estilo de uma garota, tecendo uma cultura idílica ao feminino. Uma vez que, mulheres não são padrões, fetiches, preparadas ao lar ou a marido. Helô não representa a matriz cultural brasileira afrodescendente ou por si só os cinquenta um porcento da população acima do peso, nem os cabelos únicos de: Maria Bethânia, Karol ConKa, Maju Coutinho.    Criar uma mensagem por um produto impacta o mercado e a maneira de que indivíduos se espelham para ser. O compromisso social de uma publicidade deve ser rente as orientações do CONAR, que necessita ampliar seu poder investigativo e essencialmente agir sem a necessidade de uma denuncia do consumidor de uma propaganda, colocar cotas de diversidade de gênero, estilo, ideologia, credo, corpo e reorganizar a imagem dos produtos e das marcas, a Itaipava da Verão, da Pabllo, da Maju, da mulher livre, empoderada e desimpedida.