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Enviada em: 11/07/2017

Em um álbum marcado por vulnerabilidade, força e superação, “Lemonade”, Beyoncé constrói uma crítica direcionada, sobremaneira, às amarras impostas pelos meios midiáticos. No que tange à objetificação da mulher em propagandas na atualidade, constata-se uma atitude com ideais compartilhados fortemente pela mídia. Oriunda de um pensamento histórico e desenvolvida enormemente pelos meios de mídia. Nesse sentido, emerge a necessidade de se entender por que e como isso ocorre.       Antes de mais nada, entende-se a publicidade como um recurso de extrema importância às empresas. Em quase todos os casos, a resposta dada como estratégia é o marketing. A fim de aumentar seus lucros, as marcas apelam à sexualidade da mulher, seja discreta ou diretamente. Com isso, estampam capas tanto em meios informativos de TV e de revistas quanto em anúncios e “outdoors”. Essa atitude tem enorme destaque desde o fim do século 20 e é vista em propagandas não só de um ferro de passar como de um alimento. Sob essa lógica, portanto, contrariando os ideais da Questão Coimbrã, no Realismo português, do “bom senso e bom gosto”, fogem aos limites do respeito e, mesmo assim, ganham apoio de uma parcela significativa da população.       Em segundo ponto, é fundamental observar que tal questão tem se manifestado fortemente em propagandas de cerveja. Nesse contexto, manifestam-se cartazes com apelo sensual generalizado à mulher. Como exemplo disso, destacam-se as campanhas publicitárias da “Skol”, em que até hoje –e mais claramente- se observam apelos ao corpo feminino. Além disso, destaca-se esse mal como proveniente de uma má educação moral e fundamenta do indivíduo humano. Isso porque, compartilhado pelas grandes empresas, denota há uma má acomodação dos empresários em idealizar campanhas assim. Ademais, deve-se destacar também o fato de a maioria dos homens estar acostumada a isso.        Com isso, fica claro o diagnóstico desse como um problema que deve ser combatido desde cedo. A curto prazo, cumpre ao governo federal implementar cartilhas de discussão acerca desse problema enquanto algo que perdura desde o século passado. Paralelamente, a família também tem papel fundamental na discussão, intervindo por meio de conversas que explicitem as mulheres não como os seres fáceis apresentados. Para além disso –e pela garantia do respeito devido às mulheres-. ONGs e movimentos sociais e feministas podem idealizar com o Ministério da Justiça medidas que punam abusos como os que são realizados nos anúncios publicitários, com forte busca por conselhos que idealizem campanhas de publicidade mais claras e menos femininas.