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Enviada em: 12/07/2017

A propaganda teve um papel de destaque na formação mundial. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a publicidade vendia ao cidadão de que a guerra era algo bom e necessário. Em 1939, Getúlio Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), feito para censurar a oposição e contemplar a imagem e política do Estado Novo. É fatídico o poder de persuasão da propaganda, assim como a retratação pejorativa da mulher na mesma. Com a revolução feminista que o mundo acompanha no momento atual, é imprescindível que se reavalie o retrato da mulher na publicidade.    Muitas vertentes do machismo vieram da ditadura da mídia. A associação de bebidas alcoólicas com a imagem de mulheres de corpos tidos como esbeltos, por exemplo, gera não só uma pressão da sociedade para que a mulher atinja o padrão de corpo ideal como o retratado, mas também contribui para que mulheres que consumam bebida alcoólica sofram preconceito, diferente dos homens, o cliente alvo do produto.    Há diversos anúncios publicitários onde o corpo feminino é retratado como um objeto, como uma mesa, por exemplo. Essa objetificação feminina faz com que a mulher se veja e seja vista como algo descartável e capaz de ser comprado, gerando desrespeito e contribuindo para a violência doméstica e inferioridade feminina em todas as esferas sociais.    A Câmara dos Deputados deve aprovar leis que tornem ilegais as violações aos Direitos humanos na publicidade e defina penas para as ilegalidades cometidas. Os secretários da Cultura, principalmente de metrópoles brasileiras, devem fiscalizar a distribuição de anúncios machistas pelas cidades. Por fim, a mídia deve vetar a veiculação de propagandas sexistas e que objetifiquem a mulher, assim como as empresas publicitárias devem se comprometer a não criar anúncios que inferiorize o sexo feminino. É inegável o poder da publicidade no mundo, contudo, ela deve ser usada para propagar o respeito e a igualdade, não importando, assim,  a raça e o sexo, sempre respeitando o ser humano.