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Enviada em: 14/07/2017

A história da humanidade é marcada por inúmeros acontecimentos que direta ou indiretamente desumanizam os homens, a exemplo do que acontece em regimes escravistas e em toda ocorrência que retire a importância da vida humana e a trate como simples objeto ou mercadoria . Hoje, a objetificação do ser humano ainda representa um problema de extrema abrangência, e ganha espaço até mesmo na publicidade, prejudicando principalmente as mulheres. Muitos meios de comunicação vêem na mulher apenas um produto capaz de atender a desejos masculinos, e acabam por distanciar-se da igualdade de gênero, enquanto perpetuam o machismo, ainda tão presente na sociedade.       Com a chegada dos meios de comunicação, como a televisão e a rádio, aspectos machistas da sociedade tornaram-se ainda mais evidentes. Por meio de programas ou de propagandas comerciais, as mulheres tinham suas características resumidas em uma só - a de agradar ao homem -, uma vez que, por vários séculos, o sexo masculino foi visto como provedor, enquanto a mulher era vista apenas como dependente. Com o passar do tempo, a individualidade da mulher passou a ser um pouco mais respeitada, mas ainda hoje é comum, por exemplo, assistir a comerciais de cerveja que banalizam e estereotipam a imagem feminina, além de utilizarem o corpo das mulheres como uma estratégia de venda.          A objetificação da mulher na publicidade traz danosas consequências à sociedade ao perpetuar o patriarcalismo e ir de encontro à identidade de gênero. Não só homens, mas também mulheres, continuam a ver no sexo feminino um simples objeto, sem individualidade, sem expectativas próprias. Além disso, propagandas que incentivam o machismo, trazem consigo o estabelecimento de padrões estéticos irreais, que levam ao público feminino danos como a baixa autoestima, causada pela inalcançabilidade de tais padrões, ou à auto-objetificação, que causa na mulher o esquecimento de suas capacidades, e faz com que ela não veja mais a si mesma como um indivíduo, mas sim como um produto que tem como finalidade o agrado do homem.        Portanto, medidas são necessárias para que se alcance o fim da objetificação da mulher nas propagandas. É papel do governo a criação de leis que proíbam o uso da imagem feminina como um objeto a fim de vender produtos nos meios de comunicação, assim como a aplicação de multas a quem insiste em mostrar a mulher como um produto. Além disso, a própria mídia tem o dever de dar continuidade ao processo de mudança da mentalidade social ao criticar a objetificação da mulher em novelas e jornais, e também erradicar de vez anúncios que pregam o sexo feminino não como um indivíduo, mas sim como um simples objeto.