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Enviada em: 25/07/2017

Tomamos por objetificação de uma pessoa a representação da mesma como um objeto sexual, se dá também quando estas são exibidas apenas pelo seu corpo, que por sua vez é comparado a um objeto de mercadoria, havendo a perda da individualidade dos envolvidos. As mulheres, por sua vez, são as que mais sofrem com a objetificação, principalmente quando observamos a representação feminina nas propagandas e anúncios, sendo considerado um problema a ser combatido uma vez que essa objetificação está intimamente ligada à função do corpo da mulher enquanto mero objeto de prazer sexual masculino.  Em muitas discussões sobre o papel da mulher na sociedade, exploramos diversos aspectos das desigualdades que persistem entre os gêneros, em dimensões mais subjetivas manifestam-se na forma como enxergamos as mulheres e em que medida as consideramos indivíduos autônomos, donas de seus próprios corpos. Mesmo depois de tantas conquistas, a maneira como a mulher é representada na publicidade tem grande influência na maneira com que ela é vista e tratada na sociedade, uma vez que as mulheres são estereotipadas e hipersexualizadas.   Nos dias de hoje, encontramos a objetificação em vários ramos da sociedade, entretanto em campanhas, com destaque para as de cervejas, as mulheres tem uma participação reduzida à aparência onde a mesma não expressa nenhuma ideia ou opinião, não tem essência nem conteúdo, mas é usada como chamariz para promover a venda do produto. Esse jogo de marketing faz com que além de evidenciar a ideia de objeto sexual e impor um padrão estético, a mulher continue sendo vista como forma de submissão e servidão ao homem, ocorrendo um retrocesso na caminhada feminina contra a desigualdade.   Um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados prevê a proibição de publicidade que exponha ou estimule a agressão ou violência sexual contra as mulheres. Apesar dessa tentativa de acabar com a exploração da imagem feminina, o papel da publicidade continua a perpetuar o machismo em nossa sociedade.   Portanto, para que esse problema seja resolvido, a proibição do governo em relação as propagandas abusivas  deve existir, além de aplicarem multas aos que desrespeitarem as leis. Assim como em outros casos, protestos podem serem feitos para que haja conscientização da população em relação a gravidade do problema. Combater a objetificação é, portanto, mostrar para as mulheres que elas são indivíduos completos e capazes.