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Enviada em: 18/08/2017

Durante a ascensão dos regimes totalitários nazifascistas, os meios de comunicação eram utilizados para disseminar as ideologias ditatoriais na Europa, essa ação gerou um crescimento exponencial no número de seguidores desses regimes. Desse modo, cabe ressaltar a significância que que a publicidade possui em construir o caráter e os valores morais de uma sociedade. Nesse contexto, a mulher é objetificada através de propagandas machistas. Como principais causas para a ocorrência desse ato encontram-se a caracterização da mulher como ser inferior dada pela mídia, bem como o processo de construção da sociedade baseado em princípios patriarcais. Em primeiro plano, é importante ressaltar a inferioridade feminina representada pelas propagandas comerciais. A caracterização da mulher como objeto de trabalho e como fonte de prazer sexual é, por exemplo, claramente perceptível em comerciais de produtos de limpeza e de cervejas, respectivamente. A partir disso, percebe-se que a formação moral da sociedade se baseia no que é representado pela mídia, deixando de lado o valor e o respeito com que deveriam ser tratadas todas as mulheres. Tal influência da sociedade reforça, grandemente, a equivocada ideia de superioridade masculina. Em consonância com o fator publicitário, a construção da sociedade brasileira carrega profundos traços patriarcais originários desde a colonização do país. A influência oferecida pelas concepções de superioridade do homem de origem anterior ao contexto atual é uma das principais causas para a ocorrência, ainda hoje, da objetificação da mulher no âmbito publicitário e, por consequência, no âmbito social. Tal fato torna-se notório ao analisarmos as grandes personagens históricas que detinham poder, visto que a massiva parte dessas personagens possuíam figura masculina. Percebe-se, assim, que esse problema deriva da questão publicitária machista e também das concepções patriarcais incorporados durante o desenvolver das sociedades. Portanto, o Poder Legislativo deveria atuar na formulação de leis que multassem as marcas e os produtos que utilizassem a figura feminina de maneira pejorativa. Diminuindo, dessa forma, o surgimento de ideais machistas advindas de propagandas publicitárias. Entretanto, a criação de leis precisa estar associada à conscientização da sociedade para que, assim, possa surtir os efeitos desejados. Tal conscientização pode se dar desde a formação social de cada indivíduo, dada durante o período escolar. Nesse contexto, a escola deveria ser mais atuante na desconstrução do machismo, seja valendo-se de palestras e seminário, seja utilizando atividades práticas. Assim, a objetificação da mulher criada pela publicidade seria, aos poucos, desconstruída.