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Enviada em: 26/08/2017

Objeto direto: mulher     Nos últimos dez anos, o número de propagandas utilizando mulheres como forma de promoção do seu produto cresceu exponencialmente. Imagens na internet, em revistas e jornais e na televisão de mulheres, em sua maioria vestindo roupas curtas as quais focam a visão do leitor em partes do corpo como seios e nádegas,  são reflexo do machismo ainda presente na sociedade, mas muitas vezes escondido, o qual é o responsável por objetificá-las.    Esta objetificação decorre do uso de mulheres em situações e posições sexuais para atrair a atenção dos homens ao que está sendo vendido, relacionando o prazer em vê-las de biquíni, roupas curtas e, as vezes, até seminuas com o prazer que tal produto pode lhe oferecer. Como, por exemplo, o comercial da cerveja "Itaipava", em que a personalidade da mídia Aline Riscado, chamada de "verão", exibia seu corpo servindo a cerveja para seus clientes.    Além disso, revistas voltadas para o público masculino, por exemplo, a Playboy, em que se encontram mulheres nuas ou seminuas, são o grande símbolo da transformação da mulher em objeto sexual. Neste caso, o sexo feminino é reduzido á função de satisfazer os desejos dos homens, estereotipando o corpo ideal em seios e bundas fartas, barrigas sem gordura e pernas finas e mantendo o ideal machista de superioridade do homem.   Tal estereotipamento do corpo feminino contribui para a auto-objetificação das mulheres, as quais procuram infinitas formas de se assemelharem ás exibidas nas publicidades, como as diversas dietas para se ter o "corpo perfeito", excesso de atividade física, obsessão por produtos de maquiagem e roupas que "valorizem" o seu corpo. Tudo isso faz com que haja uma competição entre as próprias mulheres, as quais acabam utilizando desses meios para seduzir ou se aproximar de um pretendente.    Diante disso, o governo deve agir na proibição de propagandas que se utilizem da figura feminina como objeto, assim como um projeto de lei, analisado pela Câmara do Deputado, em 2016, fez, por meio de leis que criminalizem as empresas responsáveis, aplicando-lhes multas, da mesma forma, as empresas de publicidade devem contratar profissionais que possam avaliar a utilização de personagens em suas propagandas. A Itaipava, por exemplo, continuou com a participação de Aline, porém com roupas mais adequadas e sem a sua sexualização. Já as escolas, têm o dever de educar seus alunos para tirar a noção do sexo feminino como o sexo frágil e que, por isso, deve ser dominado pelos homens, através de aulas e palestras sobre a igualdade de gênero, adaptadas ao público jovem.