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Enviada em: 03/11/2017

Na contemporaneidade se tornou usual a presença de propagandas ilustrando mulheres bonitas, principalmente em comerciais de cerveja em que elas aparecem exibindo corpos sensuais. Todavia, com o avanço da sociedade em discutir os papéis sociais dos sexos, o público feminino passou a questionar a presença objetificada delas pelo Marketing e, até mesmo debater sobre o machismo e o sexismo que se encontra enraizado culturalmente. Faz-se necessário, por conseguinte, analisar o descaso do Estado e o papel insuficiente da educação.    Em um primeiro plano, em meados de 2017, foi questionado a diferença de preços que as boates brasileiras cobram. Essa prática em que o grupo feminino paga um preço mais barato em detrimento do homem a torna um objeto de publicidade para a divulgação do estabelecimento. Contudo, a justiça vetou que esse projeto fosse adiante e, alegou que a determinação dos preços está de acordo com a casa de shows. Dessa forma, o Governo perpetua com que haja o sexismo e, que a mulher seja tratada como objeto de atração.    Além disso, a instituição escolar não está contribuindo para o fim da persistência do machismo. Pode--se citar, como exemplo, a manifestação das meninas no ano de 2015, quando a direção de um colégio particular vetou o uso de shorts pelas mesmas, alegando que esse tipo de vestimenta incitaria o desejo sexual nos rapazes. Desse modo,isso corrompe o pensamento do educador Paulo Freire, em que a educação deixa de ser o principal fator que muda a sociedade.    Torna-se evidente, portanto, que por meio de medidas é possível mostrar que a mulher não é um objeto decorativo e, sim, um agente transformador do meio social. Logo, cabe ao Ministério da Educação, aliado a Ongs implementar nas escolas públicas e privadas o estudo do plano de gêneros que consiste em dialogar sobre o papel feminino e desconstruir o patriarcalismo. Urge, também, que o Poder Legislativo promova leis que impeçam a venda de ingressos com base na diferença de gêneros em todos os estabelecimentos. Ademais, a mídia deve divulgar propagandas e documentários em vias onlines e televisivas que mostram a destituição da objetificação feminina. Dessa maneira, conforme o pensamento do ativista Nelson Mandela, são as ações positivas as responsáveis pela mudança no mundo.