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Enviada em: 14/09/2017

Nota-se que atualmente a mídia é um dos maiores "aparelhos ideológicos" da contemporaneidade. Mas, o que deveria ser uma publicidade neutra, hoje serve de espaço para exploração do corpo feminino e propagação de uma cultura machista. Atrelado a isso, há também a indústria de consumo que para obter capital, torna a mulher um objeto sexual.  É nítido que a publicidade brasileira tem forte influência persuasiva e é capaz de modelar atitudes e comportamentos da atual sociedade. No entanto, percebe-se que o âmbito midiático utiliza-se desse poder, lamentavelmente, para promover a cultura do machismo no Brasil, quando ele compactua com a exploração sexista em programas televisivos. A constatação disso, é o programa pânico na band que recentemente elaborou uma pauta onde as "panicat's" teriam que usar biquínis de carne para que pessoas em condição de rua pudessem devora-los, segundo o jornal Folha de São Paulo. Essa situação além de objetivar as mulheres, iguá-la os moradores de rua a animais em vivencia e dignidade. Infelizmente, esta realidade persiste, devido a uma omissão do governo, no qual, também se apropria da imagem sexualizada da mulher para motivar o turismo. Isso é perceptível na divulgação de imagens de mulatas seminuas no carnaval e nas praias. Além da exploração sexual promovida pela mídia, outro fator que corrobora para a objetivação das mulheres é a indústria de consumo que juntamente com o capitalismo despersonaliza o corpo feminino. A banalização disso, leva a aceitação de que a mulher é um um produto a ser comercializado .Essa situação é presenciada nos comerciais de bebidas alcoólicas, como o da marca Itaipava que utiliza mulheres de biquíni para obter lucratividade. Essa mazela pode ser explicada pelo filósofo Foucault, quando ele afirma que esse poder pelo corpo da mulher é um controle bio politico que causa docilidade com a função de suprimir e domesticar. Isso contribui para a inferiorização dessas na sociedade.   Portanto, é de extrema importância combater a objetificação das mulheres no âmbito midiático. Para isso, é necessária uma educação conscientizadora sobre despersonalização da mulher na publicidade que prime Paulo Freire; Palestras  que vise o isentivo a registrar queixas no -SAC-, com intuito de penalizar as empresas que violem a dignidade feminina, disponibilizadas pelo governo. É preciso, que a CONAR fiscalize com mais cautela os conteúdos passados na mídia com a função de minimizar a erotização da mulher na publicidade; Petições online's, organizadas pelo Estado, para promover a participação direta da população sobre a objetivação dessa classe que se encontra inferiorizada pela mídia.