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Enviada em: 28/09/2017

Com o surgimento do movimento feminista na década de 1960, as mulheres conquistaram seu lugar na sociedade contemporânea, porém a cultura patriarcal vivida por séculos deixou seus rastros. Dentre esses está a visão da mulher como o objeto de satisfação masculina, visão que é constantemente retratada em campanhas publicitárias que degradam as mulheres, além de lançar padrões de beleza irreais.    Frequentemente, em propagandas brasileiras, a figura feminina é utilizada como atrativo da atenção do homem. Como resultado disso, as mulheres são vistas e tratadas como objetos e não como um indivíduo. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto Data Popular revelou que 84% dos respondentes concordam que o corpo da mulher é usado para a venda de produtos nas propagandas de TV. Essa é uma prova real da objetificação feminina na sociedade.   Em consequência a essas campanhas publicitárias, ocorre a estereotipação do corpo feminino. A constante exibição de um determinado formato de corpo leva a expectativas irreais e a auto-objetificação da mulher, uma vez que ela se vê obrigada a seguir um padrão para se tornar atraente para os homens. Mulheres que apresentam altos níveis de auto-objetificação tendem a ser menos ativas socialmente, segundo pesquisa publicada em 2013 pela Psychological Science.   Portanto, para a mudança deste cenário, é necessário que haja mais fiscalização do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) com parceria do governo federal para que ocorra menos propagandas que tratam o corpo feminino como objeto. Também é preciso que as empresas sejam conscientes nas escolhas de suas propagandas, evitando a difamação da mulher.