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Enviada em: 03/10/2017

Por possuir vasto poder persuasivo, a propaganda se tornou uma ferramenta que, além de visar a venda de produtos, serve também para reforçar ou moldar idéias. Tendo isso em vista, deve-se considerar a objetificação da mulher na publicidade como um dos fatores que influenciam à forma inadequada como ela é tratada. Essa objetificação  acontece por conta do machismo enraizado e pela falta de ações políticas contra esse tipo de conduta.       Em primeira instância, é necessário destacar o papel social diante do exposto. Historicamente patriarcal, a sociedade normaliza a objetificação e a hipersexualização feminina, e essa quando exposta ao público através das mídias, causa um forte impacto negativo, pois reforça a idéia de que a mulher é um ser limitado a servir, ignorando por completo suas necessidades. Como consequência, temos propagandas cada vez mais apelativas e ligadas ao retrocesso no que se refere à luta pela igualdade.      Além do fator social, é evidente a importância de ações políticas contra essa prática. A forma como a mulher é tratada perante o Estado, é posta em desvantagem em relação ao homem,  visto que a maior parte da publicidade degradante atinge diretamente o público feminino. A não intervenção estatal para impedir o uso desses recursos ultrajantes, acaba por ferir o direito à cidadania, pois constrange e alimenta ideologias sexistas, o que é nocivo para minoria oprimida.      Fica claro,  portanto,  a necessidade de combater o machismo e a negligência política nessa questão. Considerando sua enorme influência,  é plausível a aplicação de multas, através de órgãos responsáveis, para empresas que utilizarem da propaganda como meio de proliferar a objetificação da mulher. Junto à isso, deve-se promover palestras, tanto no meio acadêmico quanto em empresas, visando  conscientizar sobre os problemas causados por práticas como essa, possibilitando, assim, a alteração dessa infeliz realidade.