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Enviada em: 25/10/2017

"A violência seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota".A frase do filósofo Jean-Paul Startre deixa nítida que a violência pode assumir vários âmbitos que vai além da física, haja vista que fere a dignidade humana.Nessa conjuntura, ainda persiste na sociedade brasileira a objetificação da mulher na publicidade que encontra no patriarcalismo e no sexismo sua sustentação.    É indubitável que as campanhas publicitárias que retratam as mulheres como objeto pronto para satisfazer os anseios masculinos advém de um passado patriarcalista, em que o sexo feminino sempre foi subjulgado pelo sexo oposto, servindo apenas para a procriação.No âmbito familiar os meninos desde muito cedo aprendem com os pais atitudes machistas,que passam a reproduzir desde então no seus arredores,tornando-se adultos desrespeitoso para com o sexo feminino. Desse modo, a mídia apoiada nessa visão machista, divulgam publicidades em que visando atrair o público masculino, utilizam-se de cenas provocativas com mulheres atraentes para anunciar seus produtos.   Outrossim, o sexismo que se faz presente na sociedade brasileira coopera para tal objetificação.Nesse sentido, na esfera social e econômica brasileira ainda persiste o ideario da população de atribuir certas profissões a cada sexo, julgando a qualidade do trabalho de acordo com sexo do indivíduos, por conseguinte,a disparidade salarial continua a existir entre homens e mulheres.Dessa forma, para as mulheres são reservados ocupações que valorizam mais sua feminilidade do que sua capacidade profissional,conforme a feminista Simone de Beavour afirmou,"não se nasce mulher,torna-se mulher".Sendo assim, a publicidade trata em perpetuar as mulheres como "sexo frágil" que serve apenas para determinadas funções na sociedade, em benefício do sexo masculino.    São necessárias,portanto,medidas para combater essa objetificação feminina.As famílias brasileira devem desconstruir essa educação patriarcalista existente no seus lares, através do diálogo e de atitudes respeitosa com o sexo feminino no âmbito familiar, para que os filhos possam desde cedo aprender a respeitar as mulheres.Ademais, o MEC precisa criar uma disciplina sobre igualdade de gênero nas escolas desde dos anos iniciais do ensino, para que os alunos tenham conhecimento sobre a temática e possam se desenvolver como adultos conscientes.Cabe também a mídia em geral acabar com publicidades que retratem as mulheres como objetos sexuais, e passam a divulgar o sexo feminino em campanhas que ressaltem sua capacidade profissional,deixando de lado o esteriótipo da "mulher gostosa" por a de  mulher inteligente capaz de ocupar as variadas esferas sociais.