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Enviada em: 19/04/2017

Manifestar-se é um direito    Historicamente, o Brasil nunca deu o devido valor à educação, tendo em vista que só passou a considerá-la um direito fundamental em 1988. Diante disso, é possível afirmar que as ocupações das escolas em São Paulo têm pontos positivos mas também negativos. Se por um lado, elas mostram ao Governo que é preciso fazer mudanças; por outro, ocupar escolas não acrescenta nada ao movimento estudantil.   Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ocupa a 60ª posição no ranking mundial da educação. Essa estatística evidência que apesar de ir à escola, os estudantes brasileiros não têm acesso a um ensino de qualidade. Além disso, as instituições de aprendizado não são estruturadas, pois lhes faltam bibliotecas, laboratórios, áreas esportivas e etc. Dessa forma, os alunos têm o direito de manifestar a sua insatisfação.    Apesar disso, podemos considerar uma atitude equivocada optar pela ocupação das escolas. Tal decisão, só prejudica ainda mais o aprendizado, uma vez que os alunos ficam várias semanas sem frequentar as salas de aula. Ademais, impedir o funcionamento das escolas fere o Artigo V da Constituição Brasileira de 1988, a qual assegura a todos o direito à educação.    Diante dos fatos expostos, medidas devem ser tomadas para melhorar as condições escolares no Brasil. Para tanto, o MEC deve dialogar com os alunos, fazer investimentos na estrutura das escolas e repudiar qualquer tipo de repressão às manifestações legais, conforme previsto na Lei nº 5250. Em consonância, os professores devem promover debates nas aulas com o intuito de mostrar aos alunos que impedir o funcionamento das escolas não melhora a educação de nenhum país. Os pais, por sua vez, têm de trabalhar no caráter dos seus filhos a fim de torná-los melhores alunos hoje e cidadãos exemplares no futuro.