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Enviada em: 28/06/2017

Parafraseando Mandela: A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. Ao povo brasileiro, só foi, constitucionalmente, declarado como direito o acesso ao ensino em 1988. Desde então, pode-se observar a força que os estudantes possuem na consolidação da democracia do nosso país: Seja em 1968, durante a "Passeata dos 100 mil", onde vários estudantes foram às ruas pedindo o fim do Regime Militar; ou em 2016, onde secundaristas ocuparam as escolas, contra uma reestruturação escolar. O movimento estudantil em 2016 ganhou força em todo o país, de modo que, diversos estudantes ocuparam suas instituições de ensino reivindicando melhorias no sistema.  O projeto de reestruturação proposto por Geraldo Alckimin, levaria ao fechamento de cerda de 94 escolas em São Paulo. O plano do governador dificultaria o  acesso à educação, pois, com uma distância maior, os alunos teriam mais trabalho para se locomover até as instituições, o desgaste do deslocamento refletiria diretamente no rendimento em sala de aula, que não seria tão proveitoso. Há também aqueles estudantes que trabalham para ajudar na renda familiar, provavelmente haveria uma alta taxa de evasão desses indivíduos, pois os mesmos teriam que cumprir seus horários. Com a insistência das ocupações, Alckimin recuou, na tentativa de recuperar sua imagem meio aos eleitores paulistas. Contudo, um novo questionamento surgiu no país: Seria a educação para todos?   Seguindo o exemplo do paulistas, vários alunos ocuparam seus colégios, reivindicando melhorias. Atráves das redes sociais divulgaram a realidade do ensino público no país: prédios quebrados, sem carteiras e quadros, falta de professores e materiais didáticos, dentre outros; mostrando que a educação é um direito assegurado, sua qualidade não. O Estado não pode prover apenas o mínimo, em baixas condições o ensino deixa de ser algo prazeroso para o estudante e se torna uma atividade massante, algo longe de seus interesses. Desse modo, o aluno não aproveita as oportunidades que a sala de aula pode oferecer, associando à imagem da escola a algo frustrante.   A consciência estudantil que urra por melhorias trás esperança ao país, mostra que ainda existe a sede pelo conhecimento. Portanto, para que o ensino seja algo de comum acesso, é de suma importância que alunos e professores continuem lutando por seus direitos, que a mídia seja um recurso para a denúncia de irregularidades no sistema, e que o Ministério da educação escute essa classe e debata sobre os pedidos da mesma, de forma a assegurar que a educação no Brasil torne-se algo de comum acesso na prática e não apenas no papel. Nesse momento, a nação brasileira será modificada por um exército armado de lápis, caderno, borracha e - principalmente - conhecimento.