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Enviada em: 27/04/2018

Darwin. Mendel. Borlaug. Foi pela teoria evolutiva e o estudo da genética de Darwin e Mendel, respectivamente, que Norman Borlaug inventou um novo modo de criação agrônoma, chamada de Revolução Verde. A transgênese, mudança de fenótipos através do genótipo, é um dos principais pilares de tal revolução. Entretanto, devido ao receio popular, a sociedade teme os avanços de tal tecnologia, pois ela pode representar um desastre ambiental. Assim, a biotecnologia dos transgênicos é benéfica aos consumidores, mas apresenta riscos em seu desenvolvimento. Na revolução verde, a busca pelos transgênicos envolve uma busca industrial e mercadológica pelo aperfeiçoamento de um produto. De certa forma, a mudança no genótipo dos alimentos permite aos cientistas a possibilidade de criação de plantas com aparência melhor, com diferenças estruturais de coloração, tamanho ou formato que agradam o mercado. Assim, quando o consumidor compra e fica satisfeito com o produto, ele financia indiretamente novas pesquisas, incentivando o processo industrial de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Apesar dos benefícios, o código genético é degenerado e pode aleatoriamente causar certas consequências nas plantas e nos animais que o ingerem. Geneticamente, o termo degenerado está definido como sendo a possibilidade de uma trinca de DNA produzir mais de um tipo de proteína. Assim, mesmo que os cientistas busquem realçar certo tipo de fenótipo, ainda há a possibilidade de uma geração aleatória de proteínas indesejadas, que podem ser tóxicas aos seres vivos. Desse modo, é necessário que haja estudos aprofundados, para que seja evitada a formação de novas doenças e danos ao meio ambiente. De certa forma, a transgênese apresenta mais benefícios do que malefícios para a sociedade contemporânea. Como já afirmado, com o mercado aquecido, as ciências evoluem e a qualidade de vida melhora. Porém, é evidente que há perigos ambientais em tal processo, mas que podem ser contornados com o seguimento dos devidos processos legais e éticos. Portanto, os produtos transgênicos agradam o mercado, mas requerem estudos profundos e fiscalização governamental sobre tais estudos. Seja para garantir a segurança da sociedade ou para certificar-se do cumprimento das leis ambientais, o Estado deverá enviar agentes reguladores nos principais centros industriais, agronômicos e de pesquisa. Além disso, aproveitando-se de tal situação, o governo poderá criar alianças entre empresas e universidades, fomentando o ensino universitário nas áreas de ciências. Para isso, deverá seguir os moldes dos países da Europa e dos Estados Unidos, ou seja, com incentivos fiscais e exigindo retorno de certa porcentagem dos lucros obtidos.