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Enviada em: 20/05/2018

O número crescente de habitantes ao redor do mundo demanda um aumento na produção de alimentos, visto que a fome, hodiernamente, já se destaca como um dos maiores problemas globais. Dessa forma, a alteração de características estruturais de plantas e animais por meio da engenharia genética se propõe como uma solução para a problemática. Entretanto, existem entraves para efetiva aplicação de tal avanço tecnológico.  Mormente, a análise do impacto das culturas alteradas em novos biomas revela a possível alteração da biodiversidade e cadeia alimentar da região, tendo em vista que a alteração genética visa o aumento da resistência dos modificados contra pragas e predadores. Segundo a visão de biólogo e escritor Charles Darwin, na natureza o mais apto será o sobrevivente. Sendo assim, uma alteração direta na relação do indivíduo com o meio pode gerar grande desbalanceamento na natureza.  Não somente, a produção de alimentos transgênicos não afeta unicamente o ambiente onde existe a produção, mas também o consumidor. Ainda com a existência de um decreto federal que impõe um sinal nos rótulos dos produtos que tenham pelo menos 1% geneticamente alterados, a desatenção dos consumidores que apresentam alergias pode levar à ingestão de alimentos que contenham traços de tais culturas prejudiciais por meio de alterações genéticas.  Em síntese, depreende-se que é imperioso investimento do Estado na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) com o fito de financiar pesquisas e técnicas que diminuam o impacto ambiental dos transgênicos, tornando-os assim menos prejudiciais ao meio ambiente. Em consonância, a mídia deve incentivar a atenção aos rótulos e informações nutricionais dos alimentos, diminuindo a ocorrência de acidentes alérgicos. Por fim, é dever do cidadão a efetiva verificação alimentar como forma de prevenção e preservação da saúde. Com tais cuidados a inovação tecnológica será um grande passo para a concreta erradicação da fome.